Assassinato de m�dico na Lagoa teria ocorrido em troca de turno de policiais

O assassinato do cardiologista Jaime Gold, de 57 anos, esfaqueado durante assalto na ciclovia da Lagoa Rodrigo de Freitas, na Zona Sul do Rio, ocorreu durante a troca de turno de policias que ficam baseados em frente ao local do crime, ocorrido por volta das 19h de ter�a-feira, segundo informa��es de moradores e funcion�rios de um posto de gasolina pr�ximo.

O comandante do 23º Batalh�o da PM, coronel Joseli C�ndido da Silva, foi ao local para anunciar refor�o no policiamento em entrevista ao vivo para emissoras de TV, mas depois afirmou n�o considerar que houve falha no dia anterior. "N�o atribuo a falhas na troca de turno. O patrulhamento na Lagoa � m�vel, para garantir o maior per�metro poss�vel. Os policiais que costumam ficar aqui poderiam estar em outro ponto. Voc� acha que � relevante pegar o GPS da viatura?"

Assim como j� havia ocorrido no centro ap�s a repercuss�o de um assalto que resultou em esfaqueamento, a Lagoa tamb�m receber� policiamento a cavalo, anunciou a PM. "Novas medidas de policiamento ser�o adotadas a partir de hoje para que ocorr�ncias como essa n�o se repitam, com uso da cavalaria e a��es de abordagem a �nibus e pedestres. Tenho certeza de que ocorr�ncias como essa n�o v�o se repetir", disse o coronel, que havia assumido na v�spera o comando do 23º BPM, respons�vel pela �rea da Lagoa. Sobre o uso de cavalos, Silva argumentou que "o policial tem visibilidade maior e de cima, podendo cobrir uma �rea maior do que a p�".

Uma po�a com sangue do m�dico permanecia no canteiro de terra ao lado da ciclovia na tarde desta quarta-feira, 20. Na mureta da orla da Lagoa em frente ao local do crime foi fixado cartaz de papel�o com a inscri��o "Eu n�o mere�o ser esfaqueado! Luto".

Comerciante, o ciclista Ant�nio Camilo, de 59 anos, disse que ouviu relatos de outra tentativa de assalto ocorrida na ciclovia perto dali, na Fonte da Saudade, no mesmo dia em que Jaime Gold foi atacado.

Vendedor de coco h� 23 anos em um ponto pr�ximo, Luciano dos Santos disse que os relatos de assalto na ciclovia haviam diminu�do desde os dois �ltimos casos de esfaqueamento na regi�o, no fim de abril.