Madrasta de Bernardo se cala diante de juiz

Porto Alegre, 27 - A madrasta de Bernardo Boldrini, Graciele Ugulini, manteve-se calada durante depoimento ao juiz no f�rum de Tr�s Passos, no Rio Grande do Sul, nesta quarta-feira, 27. Graciele � uma das quatro pessoas acusadas pela morte do menino, em abril de 2014. O m�dico Leandro Boldrini, pai da crian�a, dep�s antes e acusou Graciele pelo crime.

J� a amiga de Graciele, Edelv�nia Wirganovicz, disse que foi � for�a depor. "Eu n�o estou bem, estou tomando rem�dios. Eu vim � for�a, porque me obrigaram a vir. Eu estava sem condi��es", reclamou, antes de se calar.

Evandro Wirganovicz - o �nico que n�o vestiu colete � prova de balas - negou que tenha cavado a cova em que Bernardo foi enterrado. "Foi minha irm� que fez o buraco, � o que ela conta", destacou. Questionado sobre o que fazia na v�spera do crime no local em que o corpo de Bernardo foi achado, ele explicou que estava pescando.

Antes do depoimento dos tr�s acusados, Leandro Boldrini, foi ouvido pelo juiz Marcos Lu�s Agostini, titular do processo da 1� Vara Judicial de Tr�s Passos. Em cerca de tr�s horas de depoimento, culpou a mulher, Graciele, pelo crime. "Sou uma pessoa esclarecida e jamais compactuaria com uma coisa dessas", disse. Ele admitiu n�o ter sido um bom pai para o garoto, negou conhecer Edelv�nia e confirmou o mau relacionamento entre o filho e a madrasta.

"Perdi meu filho. Cad� o Bernardo? Nem o luto eu pude construir, porque n�o vi o corpo. Minha vida est� destru�da", afirmou.

Protesto

O depoimento dos acusados pela morte de Bernardo foi marcado por manifesta��es na porta do f�rum de Tr�s Passos. Foi a primeira vez que Boldrini e Graciele retornaram � cidade na qual viviam com o menino depois de serem presos, h� cerca de um ano.

Boldrini teve de usar colete � prova de balas em p�blico. Na entrada do pr�dio do Judici�rio, moradores aguardavam os acusados com gritos de protesto.