
Ao longo do dia, centenas de pessoas se despediram dele no Memorial do Parque da Colina. Carisma, lealdade e simplicidade de Zen�bio, bem como seu dinamismo e olhar vision�rio, foram destacados por todos. O corpo foi cremado por volta das 16h, depois de uma missa.
“Foram 70 anos de trabalho. Destes, 60 dedicados aos Di�rios Associados, ao jornalismo e � publicidade. Uma pessoa �ntegra, conhecida em Belo Horizonte e no Brasil pelas posi��es corretas que tomava. Nunca ouvi ningu�m falar nada contra ele. S� tenho realmente que ressaltar, como filho, o que ele fez pela sociedade. Vai deixar saudade na fam�lia e no meio profissional, com certeza. Humano � a palavra que define bem o meu pai”, ressaltou o filho ca�ula, Eduardo Normand Zen�bio.
“� um dia muito triste. Fomos companheiros por mais de 50 anos, com contato di�rio e sempre ameno”, destacou o diretor-presidente do Estado de Minas, �lvaro Teixeira da Costa. Ele lembrou que, nessa longa amizade, nunca tiveram nenhum tipo de atrito. “Ele foi um pioneiro na publicidade, apaixonado pelo jornal Estado de Minas. Representa uma perda n�o s� para os Di�rios Associados, mas para Minas Gerais e o Brasil.”
Para o diretor-executivo do EM, Geraldo Teixeira da Costa Neto, a dor � grande para os Di�rios Associados e para quem conviveu com �dison Zen�bio. “A lembran�a que tenho � a mais positiva poss�vel. Trouxe sua palavra, sua experi�ncia para a nossa gera��o. E foi pioneiro no que fez. Vou me lembrar dele como a pessoa que sempre tinha a palavra certa nas horas dif�ceis. Ele nos incentivava a dar a volta por cima e tinha sabedoria para tomar decis�es”, afirmou. “O Zen�bio era um vision�rio. Era uma pessoa � frente do seu tempo. E como companheiro de trabalho, tenho a dizer que foi das pessoas mais bondosas que tive a oportunidade de conhecer: estava sempre pronto a ensinar e a orientar. N�o havia quem n�o gostasse dele”, acrescentou o diretor de publicidade do EM, M�rio Neves.
Respons�vel pela afirma��o dos segmentos publicit�rio e imobili�rio em Minas, Zen�bio deixou muitos amigos entre empres�rios dos dois setores. “Zen�bio foi uma das principais personalidades da propaganda em Minas”, comentou Sim�o Lacerda, fundador da LF Publicidade, ao lado do filho Andr� Vidigal Cavalcanti de Lacerda, hoje presidente da empresa e do Sindicato das Ag�ncias de Propaganda (Sinapro Minas Gerais). De outra gera��o, Andr� observou que Zen�bio foi um �cone do setor da publicidade, colaborando com sua presen�a din�mica. “Posso dizer que sua morte � o fim de um ciclo.”
No setor imobili�rio n�o foi diferente, j� que ele ajudou a fundar a C�mara do Mercado Imobili�rio de Minas Gerais (CMI-MG). “O carisma do Zen�bio era personal�stico. Falava pouco, ouvia muito. Tinha uma coloca��o sempre oportuna. Dava respostas inteligentes sem ofender ningu�m”, enfatizou o empres�rio Maur�cio Chebly, que, com a ajuda de �dison Zen�bio, foi o fundador da CMI. Outro empres�rio do setor, o atual presidente da CMI, Otimar Bicalho, ressaltou a amizade com Zen�bio herdada do pai, o ex-vereador M�rio Bicalho. “A conviv�ncia � antiga. Ele tinha uma rela��o muito forte com meu pai. Sempre dava a m�o em tudo o que era preciso. Continuei muito ligado a ele. E depois acabei, pelos ciclos da vida, sendo o presidente da CMI, que ele ajudou a fundar. � uma perda muito grande para o jornalismo, para a imprensa de modo geral, e para n�s”, finalizou.
POL�TICOS A morte de Zen�bio tamb�m foi lamentada por pol�ticos de v�rios partidos, entre eles o ex-governador Alberto Pinto Coelho (PP). “Ele foi uma grande figura humana, reconhecida no jornalismo e na publicidade, que fez brilhante carreira nos Di�rios Associados.” Pinto Coelho considera Zen�bio um �cone e acredita que ele deixar� entre n�s seu grande exemplo. O ex-ministro H�lio Costa (PMDB) lembrou que Zen�bio foi seu primeiro chefe quando ele iniciava a carreira como rep�rter do Di�rio da Tarde. “Foi meu primeiro grande mestre, com quem sempre tive uma rela��o de cordialidade.” O ex-governador Eduardo Azeredo (PSDB) tamb�m considerou Zen�bio um marco da imprensa mineira. “Ele teve uma trajet�ria muito importante no desenvolvimento de Minas Gerais.”
No meio publicit�rio, costumava ser chamado de “guerreiro da propaganda”. E n�o havia batalhas que bastassem a �dison Zen�bio, esse mineiro de Belo Horizonte que, j� na d�cada de 90, lutava contra o ent�o anonimato da publicidade. Naquela �poca em que as ag�ncias ainda engatinhavam, j� descrevia a “magia que insufla os olhares” e, com ela, impulsionava a diversifica��o da economia mineira.

Zen�bio marcou a hist�ria da propaganda mineira. “N�o aconteceu nada de relevante nos �ltimos 50 anos nesse setor sem que Zen�bio estivesse � frente ou, pelo menos, ao lado”, considera Fernando Campos, presidente da Solution Comunica��o. N�o � toa, o pr�mio concedido pelo Estado de Minas �s estrat�gias de comunica��o mais eficientes para a oferta de im�veis chama-se Pr�mio �dison Zen�bio.
N�o foram poucas batalhas at� chegar a cabecel do Condom�nio Acion�rio das Emissoras e Di�rios Associados, presidente da Funda��o Assis Chateaubriand e diretor-geral do Estado de Minas. Ingressou em 1953, como rep�rter esportivo. Ao longo de 62 anos de trajet�ria – esse mineiro de Belo Horizonte, de origem humilde, esbanjou firmeza, gentileza e integridade.
CARREIRA Foi secret�rio de reda��o, diretor das r�dios Guarani e Mineira, diretor comercial do Di�rio da Tarde, gerente de circula��o do Di�rio da Tarde e do Estado de Minas e, com a fus�o das ger�ncias comerciais dos dois jornais, passou a dirigir a publicidade. Foi ent�o promovido a superintendente comercial e, na sequ�ncia, diretor comercial. Em 1983, tornou-se membro do Condom�nio Acion�rio das Emissoras e Di�rios Associados. Recebeu dezenas de honrarias nacionais e internacionais dos legislativos municipal e estadual, do governo do estado, de sindicatos de classe e organismos internacionais.
Ao longo de sua vida, �dison Zen�bio sempre conservou a simplicidade. Era um ouvinte atento. E um conselheiro com a boa palavra pronta em bons e maus momentos. Nunca abriu m�o do um happy hour. Ali desfrutava de uma cerveja ou de um vinho. Sempre com muita modera��o e enorme prazer pela prosa. De tudo falava com interesse e paix�o. Adorava futebol. Era cruzeirense. Mas tinha sempre na ponta da l�ngua informa��es de bastidor sobre a pol�tica.
A sua fazenda, pr�xima � regi�o de Esmeraldas, era mais do que um hobby para os fins de semana. Seu carisma � lembrado por moradores locais. Zen�bio era vi�vo de Marlene e deixou tr�s filhos: Edson, Eduardo e Rodrigo.
Homenagens:
“� um dia muito triste. Fomos companheiros por mais de 50 anos, com contato di�rio e sempre ameno. Ele foi um pioneiro na publicidade, apaixonado pelo jornal Estado de Minas. Representa uma perda n�o s� para os Di�rios Associados, mas para Minas Gerais e o Brasil”
�lvaro Teixeira da Costa,
diretor-presidente do Estado de Minas
“A lembran�a que tenho � a mais positiva poss�vel. Trouxe sua palavra, sua experi�ncia para a nossa gera��o. E foi pioneiro no que fez. Vou me lembrar dele como a pessoa que sempre tinha a palavra certa nas horas dif�ceis. Ele nos incentivava a dar a volta por cima e tinha sabedoria para tomar decis�es”
Geraldo Teixeira da Costa Neto,
diretor-executivo do EM
“Quando tive a not�cia ontem (s�bado), foi um jeito triste de terminar a noite. Nos anos 1950, o Zen�bio trabalhou no Di�rio do Com�rcio e foi quando eu o conheci. Era uma pessoa presente, interessada, sempre. Deixa um exemplo importante para ser seguido, no jornalismo e na publicidade”
Luiz Carlos Costa,
diretor-presidente do Di�rio do Com�rcio
“Foram mais de 40 anos de amizade e coloco Zen�bio nas categorias de amigo, parceiro e professor. Uma pessoa importante demais. A propaganda mineira deve muito a ele”
Jos� Luiz da Silva, presidente da Associa��o Mineira de Propaganda
“Zen�bio era uma pessoa carinhosa, um conciliador. Tinha a sabedoria de saber quem � quem. E em �pocas dif�ceis sabia lidar como ningu�m. Tinha feeling apurado e humildade extrema. Devo muito a ele”
Hyp�lito Matos, corretor e propriet�rio da Hyp�lito Im�veis
“Ele era unanimidade na propaganda mineira. Conseguia fazer todo mundo se sentir amigo. Nunca deixou de estender a m�o para ningu�m nesse mercado. Em 31 anos que tenho essa ag�ncia, n�o me lembro de existir sem uma palavra de apoio dele”
Cac� Moreno, propriet�rio da Ag�ncia Perfil
“Conheci ele na reda��o do Di�rio da Tarde, onde comecei como office-boy e ele era redator de esportes. Uma figura �tima, que nunca falou alto. Sempre suave, discreto e trabalhador”
Hamilton Gangana, publicit�rio
“Ele sempre apoiou e prestigiou esse setor e teve uma import�ncia enorme no nosso desenvolvimento”
Paulo Solmucci Junior, presidente da Associa��o Brasileira de Bares e Restaurantes
“Ele sempre se caracterizou pela do�ura no trato. Era ameno e leve. Zen�bio era um camarada do bem e o di�logo com ele fazia muito bem. Ele falava bem sobre qualquer assunto e devo a ele a fineza de ter me apoiado na minha primeira elei��o, para deputado federal”
Aloisio Vasconcelos, ex-presidente da Eletrobras
“Zen�bio foi um dos grandes amigos, um conselheiro, um defensor das ag�ncias de Minas. Vai deixar uma lacuna muito grande”
�lvaro Rezende, presidente da RC Comunica��o, presidente do Conselho Consultivo da Federa��o Nacional das Ag�ncias de Propaganda (Fenapro)
“Posso encher uma p�gina para homenage�-lo. Ele foi uma pessoa m�ltipla. Juntou jornalismo, esporte, publicidade, diretoria dos Associados. Teve muito m�rito”
Emanuel Carneiro, presidente da R�dio Itatiaia
“Zen�bio foi um exemplo de profissional, que conduziu um jornalismo independente e, nesses anos todos � frente do Estado de Minas, traduziu bem o nosso estado no cen�rio nacional. Soube apoiar com muita sabedoria os diversos segmentos de nossa economia, e, no nosso caso, o setor imobili�rio”
Ariano Cavalcanti, presidente da C�mara do Mercado Imobili�rio de Minas Gerais (CMI-Secovi)