Um era quase 20 anos mais jovem que o outro. Tinham cabelos e tipo f�sico distintos e morreram de causas diferentes. Mesmo assim, os corpos de Ant�nio Iak, de 73 anos, e Valdenilson de Barros, de 55, foram trocados no Instituto M�dico-Legal (IML), no centro da capital paulista. Um terminou enterrado como se fosse o outro, para desespero das duas fam�lias.
O erro aconteceu na madrugada de sexta-feira, dia 29, ap�s Jos� Ale Iak, irm�o de Ant�nio, fazer o reconhecimento da outra pessoa como sendo seu irm�o. Segundo o criminalista Ademar Gomes, que se apresenta como defensor da fam�lia Iak, tal reconhecimento teria sido fruto de um caso de m�-f� de funcion�rios do IML.
A falha s� foi descoberta pelos familiares de Barros quando um de seus filhos tamb�m foi fazer o reconhecimento. Ao bater os olhos no corpo, afirmou, categoricamente, que aquele n�o era seu pai - que morreu em Parada de Taipas, zona norte da capital, enquanto ia para o hospital, com fortes dores no peito.
A troca dos corpos ainda n�o foi desfeita. A fam�lia de Iak aguarda autoriza��o da Justi�a para exumar o corpo que foi enterrado. O processo deve durar aproximadamente um m�s. A fam�lia de Barros aguarda o mesmo. Somente ap�s o novo reconhecimento, segundo o advogado Ademar Gomes, � que o �bito de Barros ser� reconhecido. O IML tamb�m pediu autoriza��o judicial para a exuma��o.
Investiga��o
Segundo o IML, os corpos estavam com pulseiras de identifica��o que remetiam a planilhas que apontavam corretamente a identifica��o de cada corpo. "Por isso, o IML determinou imediata apura��o dos fatos, j� afastando o funcion�rio que prestou atendimento para apurar eventual neglig�ncia", diz o instituto, em nota.
A nota do IML corresponsabiliza o irm�o de Antonio Iak pelo equ�voco. "A diretoria do Instituto M�dico-Legal informa que a troca de corpos aconteceu porque o senhor Jos� Ale Iak reconheceu o corpo do irm�o Antonio Iak de maneira equivocada." Segundo o advogado Ademar Gomes, as fam�lias envolvidas pretendem processar o Estado pela falha.
