Um em cada dez brasileiros j� sofreu discrimina��o em servi�o de sa�de

Um em cada dez brasileiros j� foi discriminado nos servi�os de sa�de p�blico e privado do pa�s. A informa��o consta na segunda parte da Pesquisa Nacional de Sa�de, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE), que foi lan�ada na manh� desta ter�a-feira, com base em dados de 2013.

Das v�timas, 53,9% afirmam que o preconceito foi motivado por falta de dinheiro. Os entrevistados podiam declarar mais de um motivo para a discrimina��o, e 52,5% disseram que a agress�o se deu por causa de sua classe social. O estudo n�o questionou se a agress�o foi f�sica, verbal ou psicol�gica. De acordo com a pesquisa, 10,6% dos entrevistados declararam j� ter sido discriminados, o que, em uma proje��o para toda a popula��o, leva a um n�mero absoluto de 15,4 milh�es de pessoas.

Outros motivos apontados pelas v�timas foram: tipo de ocupa��o (15,6%), tipo de doen�a (14,8%), ra�a/cor (13,6%), idade (12%), religi�o (8,1%), sexo (3,7%) e prefer�ncia sexual (1,7%).

Pessoas com 30 a 39 anos (11,9%) e com 40 a 59 anos (12%) foram as que mais declararam ter sido discriminadas. Os dados mostram que 11,6% das mulheres sofreram com o problema, enquanto entre os homens o percentual � 9,5%.

A pesquisa constatou que a discrimina��o foi menos frequente entre pessoas brancas (9,5%) que entre pretas (11,9%) e pardas (11,4%). A terminologia adotada pelo IBGE considera negra a popula��o preta e parda.

O percentual de discriminados tamb�m cai conforme o n�vel de instru��o. Enquanto 11,8% dos entrevistados sem instru��o ou com ensino fundamental incompleto apontaram ter sido discriminados, 8% dos com n�vel superior declararam ter passado pelo mesmo problema.

Tocantins � o estado em que as pessoas mais afirmam ter sido discriminadas nos servi�os de sa�de p�blico e privado, 18,4%, acima do percentual nacional (10,6%). Considerando a margem de variabilidade da pesquisa, o indicador pode chegar a 22,2% em Tocantins, duas vezes maior que o nacional, ou cair para at� 14,7%.

Amap� (14,8%) e Paran� (14,8%) empataram na segunda posi��o. O Esp�rito Santo (5,8%) teve o menor percentual.