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Estado de Minas

Hospital Universit�rio da USP perde 20% dos leitos entre janeiro e abril


postado em 22/06/2015 07:19 / atualizado em 22/06/2015 09:14

O Hospital Universit�rio (HU) da Universidade de S�o Paulo (USP) perdeu ao menos 45 leitos entre janeiro e abril - 20% do total. A queda � reflexo das medidas de conten��o de gastos tomadas pela reitoria da universidade, que fez o hospital reduzir o atendimento. O dado consta em um relat�rio do Conselho Regional de Medicina do Estado de S�o Paulo (Cremesp).

O levantamento foi realizado em abril a pedido do Minist�rio P�blico Estadual (MPE), que investiga a redu��o de atendimento no HU. Segundo o documento, obtido com exclusividade pelo jornal O Estado de S. Paulo, o total de leitos instalados recuou de 223 para 178 nos quatro meses. Dos 45 leitos fechados, 11 eram de terapia intensiva ou semi-intensiva. Das dez salas cir�rgicas, s� seis est�o em funcionamento "por falta de profissionais de enfermagem e m�dicos anestesistas".

Ainda de acordo com o relat�rio, 12 tipos de ambulat�rios foram desativados parcialmente, como os de pediatria, cl�nica cir�rgica e obstetr�cia. O ambulat�rio de ortopedia foi encerrado. "Como muitos leitos foram desativados, os pacientes se acumulam na observa��o do pronto-socorro em local n�o adequado", registra o Cremesp no documento. No dia da vistoria, t�cnicos do conselho encontraram 23 pacientes em macas.

Entre 2010 e mar�o de 2015, diz o relat�rio, a m�dia mensal de consultas no ambulat�rio em seis especialidades (como pediatria, ortopedia e psiquiatria) recuou 38,5%, de 11,7 mil para 7,2 mil. O total de m�dicos caiu de 299, em janeiro de 2014, para 268, na data da vistoria.

Mudan�as

Em mar�o, o jornal mostrou que o HU havia passado a atender s� a urg�ncias e emerg�ncias. Casos de menor gravidade passaram a ser enviados a postos de sa�de. O hospital � um dos principais da zona oeste e cobre �rea com cerca de 500 mil habitantes.

Isso ocorreu ap�s a perda de cerca de 200 funcion�rios que aderiram ao Plano de Demiss�o Volunt�ria (PDV) da USP, uma das apostas da reitoria para contornar a crise financeira. Pesou ainda o corte de sal�rios acima do teto na universidade - alguns m�dicos tinham remunera��o acima do permitido.

Segundo o relat�rio, nas atuais condi��es, o hospital descumpre normas que preveem propor��es m�nimas de m�dicos por leito em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) ou em salas de reanima��o. Procuradas, a superintend�ncia do HU e a reitoria da USP n�o comentaram o relat�rio.

De acordo com o vice-diretor cl�nico do HU, Gerson Salvador, a crise trouxe sobrecarga aos profissionais. "Colegas pedem demiss�o por causa das condi��es ruins de trabalho", diz ele, que tamb�m � diretor do Sindicato dos M�dicos de S�o Paulo (Simesp).

Marcos Boulos, conselheiro do Cremesp, reconhece as dificuldades de contornar o problema. "A USP n�o tem recursos para investir e modernizar o hospital", diz ele, ex-superintendente de Sa�de da universidade. Segundo Boulos, � importante que o Estado participe ativamente da manuten��o do hospital, mas ainda � necess�rio discutir qual o melhor modelo para a gest�o compartilhada. Os t�cnicos que fizeram a vistoria n�o comentaram o relat�rio.

Em 2014, a reitoria tentou transferir o HU para a Secretaria Estadual da Sa�de, como estrat�gia para aliviar as contas da USP, o que gerou forte resist�ncia interna da universidade. O governador Geraldo Alckmin (PSDB), por�m, rejeitou a ideia.


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