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Estado de Minas

Minist�rio P�blico investiga se Bope est� envolvido no sumi�o de Amarildo

Servente de pedreiro desapareceu no dia 14 de julho de 2013, depois de ele ser conduzido por PMs � sede da Unidade de Pol�cia Pacificadora (UPP) da Rocinha para averigua��o


postado em 22/06/2015 22:07 / atualizado em 23/06/2015 07:13

Foto tirada em protesto no Rio de Janeiro, no dia 11/08/2013 (foto: Reynaldo Vasconcelos - Estadão)
Foto tirada em protesto no Rio de Janeiro, no dia 11/08/2013 (foto: Reynaldo Vasconcelos - Estad�o)
Imagens de c�meras instaladas em ruas da favela da Rocinha, na zona sul do Rio, podem levar o Minist�rio P�blico do Rio de Janeiro a descobrir o que foi feito com o corpo do ajudante de pedreiro Amarildo de Souza, desaparecido na noite de 14 de julho de 2013, aos 48 anos. Policiais militares do Batalh�o de Opera��es Especiais (Bope) podem estar envolvidos no caso.

Naquela noite, Amarildo foi conduzido por PMs � sede da Unidade de Pol�cia Pacificadora (UPP) da Rocinha para averigua��o e sumiu. A pol�cia concluiu que ele foi torturado e morto pelos PMs. Vinte e cinco policiais militares, todos da UPP da Rocinha, foram denunciados por tortura seguida de morte. Desses, 16 tamb�m respondem por oculta��o de cad�ver. A pol�cia civil fez diversas buscas na mata, mas nunca conseguiu encontrar o corpo de Amarildo.

As imagens obtidas pelo Minist�rio P�blico e divulgadas nesta segunda-feira, 22, pelo "Jornal Nacional", da TV Globo, mostram que na noite de 14 de julho quatro caminhonetes do Batalh�o de Opera��es Especiais da PM (Bope) foram at� a UPP. A presen�a dos policiais desse batalh�o de elite j� era conhecida - o ent�o comandante da UPP, major Edson Santos, um dos condenados, chegou a declarar durante a investiga��o do caso que chamara o refor�o do Bope por medo de um ataque de traficantes.

A novidade � que os policiais desligaram o GPS (equipamento que permite monitorar o trajeto feito pela viatura) de uma das caminhonetes do Bope - o aparelho s� voltou a funcionar 58 minutos depois. Ao sair da sede da UPP, esse ve�culo trazia em sua carroceria, al�m de quatro policiais, um volume que pode ser o corpo de Amarildo.

As imagens da primeira c�mera que registra o trajeto de volta das caminhonetes n�o s�o n�tidas, mas foram cuidadosamente tratadas a pedido do Minist�rio P�blico do Rio. Isso permitiu aos promotores concluir que na carroceria existe um volume, aparentemente enrolado em um saco pl�stico preto. Embora o tamanho seja compat�vel com um corpo humano, por enquanto n�o h� nenhum ind�cio de que seja um cad�ver. A suspeita decorre do fato de o corpo de Amarildo nunca ter sido encontrado. Por isso, o Minist�rio P�blico quer descobrir o que havia na caminhonete.

Uma segunda c�mera registra a passagem das caminhonetes em um trecho bem mais � frente, no trajeto de sa�da da UPP. Nesse momento, conforme as imagens, j� n�o h� mais policiais na ca�amba nem � poss�vel identificar o volume. Mas entre a primeira e a segunda c�mera, segundo o GPS de outra camionete do comboio, os ve�culos pararam num ponto cego (n�o alcan�ado por nenhuma c�mera) durante cerca de dois minutos. Uma hip�tese investigada pelo Minist�rio P�blico � que o volume tenha sido descartado ali. Outra possibilidade � que ele tenha sido rearranjado na ca�amba, ficando num lugar menos vis�vel - sob um banco que existe na carroceria, por exemplo.

O Minist�rio P�blico continua tratando imagens, com o objetivo de aprimor�-las, e vai cobrar uma explica��o da Pol�cia Militar a respeito do volume na caminhonete.


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