PMs s�o acusados de fraudar provas de morte de travesti

S�o Paulo, 23 - Dois policiais militares suspeitos de matar uma travesti na zona leste de S�o Paulo, no fim de semana, est�o presos no Pres�dio Militar Rom�o Gomes, na zona norte. Ailton de Jesus, de 43 anos, e Diego Clemente Mendes, de 22, tamb�m s�o acusados de forjar provas e de prestar declara��es mentirosas na delegacia para escapar da pris�o.

Segundo a Pol�cia Civil, a travesti Laura Vermont, nome adotado por David Laurentino de Ara�jo, de 18 anos, foi a uma festa na Avenida Nordestina, na regi�o da Vila Jacu�, na madrugada de s�bado. L�, brigou com outra travesti e ficou com ferimentos no rosto e em outras parte do corpo.

A abordagem

A Pol�cia Militar foi chamada e os dois agentes suspeitos tentaram apartar a briga. Laura escapou da abordagem, fugiu dirigindo o carro dos policiais, mas acabou batendo em um poste.

Em seguida, ainda de acordo com as investiga��es, teria sido alcan�ada e come�ou a ser agredida pelos PMs, que s� pararam com a chegada da fam�lia da travesti, que a levou para um hospital pr�ximo, onde morreu. De acordo com laudo do Instituto M�dico-Legal, Laura levou pelo menos um tiro no bra�o da arma de um dos policiais envolvidos na ocorr�ncia.

Inicialmente, os PMs contaram na delegacia que ap�s fugir no carro oficial e bater em um poste, a travesti ainda bateu a cabe�a contra um muro e, mesmo atordoada, saiu andando e bateu a cabe�a em um �nibus.

Os PMs disseram que levaram Laura para o hospital. Eles apresentaram uma testemunha que, depois, confessou que teve de escrever em um papel o que iria dizer no depoimento para n�o prejudicar os policiais.

A farsa s� foi descoberta porque a m�e de Laura ligou para a Corregedoria da PM e tamb�m localizou testemunhas que desmentiram os policiais.

As informa��es s�o do jornal

O Estado de S. Paulo.