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Estado de Minas

M�dica que teria sofrido racismo � investigada em sindic�ncia


postado em 25/06/2015 12:49

Ara�atuba, 25 - A m�dica anestesista Carolina Bernardes, que acusa o obstetra Fernando Jorge de ter cometido crime de preconceito racial contra ela, pode passar de v�tima para culpada em sindic�ncia, cujo relat�rio final a Santa Casa de Barretos (SP) promete divulgar e entregar ao Minist�rio P�blico nesta quinta-feira, 25.

"Estamos apurando dois fatos: um em que o m�dico teria cometido inj�ria racial contra a anestesista e outro, em que ela teria cometido omiss�o de socorro", afirmou o interventor do hospital, Eduardo Petrov. "Como eles n�o s�o funcion�rios, caber� ao Minist�rio P�blico apurar as responsabilidades", acrescentou.

Durante atendimento no centro cir�rgico do hospital, em 7 de junho, a m�dica teria sido xingada pelo obstetra, por n�o atender de imediato a um pedido dele para anestesiar uma parturiente. O m�dico acusa a colega de omiss�o de socorro.

Associa��es de Direitos Humanos, que acompanham o caso, afirmam que, ap�s fazer a den�ncia na pol�cia e no Conselho Regional de Medicina do Estado de S�o Paulo (Cremesp), a m�dica passou a sofrer ass�dio moral por parte da Santa Casa, cujo interventor � amigo do m�dico. "Somos amigos, mas a sindic�ncia est� apurando apenas os fatos", disse Petrov.

Jorge falou pela primeira vez nesta quarta-feira, 24, e negou ter xingado, cometido inj�ria racial, ou mesmo destratado a colega, e que tem provas contra ela. "Filmei com meu celular e as cenas comprovam que ela se recusou de atender minha paciente que tinha sido internada primeiro", afirmou. Carolina alegou que n�o atendeu de imediato a gestante porque a prioridade era uma fratura; e que ao ligar para o diretor cl�nico, este determinou que atendesse primeiro a fratura e depois a gestante, o que foi feito.

O obstetra alegou que n�o foi de madrugada ao hospital porque "estava enfermo, com quadro infeccioso (febre)", mas que pediu a outro m�dico para atender a gestante, que chegara por volta das 23 horas no hospital com a bolsa rompida. Segundo ele, a paciente n�o corria riscos, mas a situa��o se inverteu ap�s chegar ao hospital, �s 7 horas. "Havia riscos para a paciente e para a crian�a". "S� depois que falei com o diretor cl�nico � que ela atendeu minha paciente e ainda assim deixou a sala durante o parto". O m�dico disse ainda que espera o resultado da sindic�ncia da Santa Casa para denunciar a colega ao Cremesp. Ele confirmou ser amigo de inf�ncia do interventor, mas disse que a amizade n�o influencia em seu trabalho.

Em entrevista na ter�a-feira, 23, Carolina reafirmou as den�ncias contra Jorge e disse que se sentia chateada com a tentativa da Santa Casa de apurar omiss�o de socorro, para fazer com que de v�tima ela passe a ser culpada. "Na verdade � uma tentativa de proteger o m�dico, que � amigo do interventor".


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