PMs s�o suspeitos em tr�s outras chacinas em Osasco

S�o Paulo, 16 - As tr�s principais chacinas ocorridas em Osasco desde 2012 somam 17 mortos e alguns pontos em comum: dias antes das execu��es um policial militar foi morto ou escapou de uma execu��o, os suspeitos dos crimes s�o PMs, e at� agora ningu�m foi julgado. Apenas um policial est� preso aguardando julgamento por um desses crimes.

Em julho de 2012, oito pessoas foram assassinadas em um intervalo de tr�s horas na regi�o onde ficam os bairros Jardim Rochdale, Mutinga e Munhoz J�nior. O Palmeiras havia acabado de conquistar o t�tulo de campe�o da Copa do Brasil.

Os locais s�o os mesmos onde ocorreram 15 das 18 mortes na noite de quinta-feira. Os investigadores identificaram dois policiais militares como suspeitos pelas execu��es e ambos trabalhavam no 42.º Batalh�o, que faz o patrulhamento dos locais onde ocorreram os ataques. Segundo as apura��es, dois dias antes das mortes, um PM foi v�tima de tentativa de homic�dio e, por isso, colegas da corpora��o se vingaram. Um policial est� preso preventivamente, e outro, foi indiciado e aguarda o julgamento em liberdade.

Pais e filhos

Quatro meses depois, o Jardim Rochdale foi palco de outra chacina. Dessa vez, 11 pessoas foram baleadas em uma festa de anivers�rio de uma crian�a com 40 convidados. Entre os quatro mortos, estavam um pai de 31 anos e seu filho de 5 anos. Alguns dos baleados j� haviam sido presos. Dias antes, policiais pesquisaram os antecedentes criminais de algumas das v�timas. Dois PMs foram acusados do crime, mas n�o foram ainda julgados.

E, em fevereiro de 2013, cinco pessoas foram executadas - novamente no Jardim Rochdale. A pol�cia apurou que homens em um carro preto escoltados por duas motos executaram as v�timas. Dias antes do crime, O PM Luiz Carlos Nascimento Costa havia sido morto a tiros quando sa�a de uma farm�cia.

Segundo o promotor de Justi�a Arual Martins, � muito dif�cil condenar policiais criminosos porque parte da sociedade ainda aceita o crime quando a v�tima tinha antecedente criminal. “Para alguns, a pol�cia, por mais bandida que ela possa se mostrar, ser� o mocinho por ter dado uma resposta � inseguran�a. Quando, na verdade, o policial criminoso � muito pior que o criminoso comum. O policial passa a agir em nome do Estado e continua cometendo crimes.”