'Morte est�pida', diz vi�va de idoso atropelado em ciclovia

S�o Paulo, 19 - Erenita Carvalho da Rocha foi casada com o zelador de pr�dio Florisbaldo Carvalho da Rocha por 43 anos. Na segunda-feira, 17, ele morreu ap�s ser atropelado por uma bicicleta na ciclovia da Avenida General Ol�mpio da Silveira, no bairro Santa Cec�lia, regi�o central de S�o Paulo.

"Fiquei desesperada. Ainda estou com o cora��o muito entristecido. Com muita dor de ter acontecido isso com ele. Ele se recuperou da doen�a e agora tem uma morte est�pida dessa", disse. "At� os nossos bichinhos (cachorros) est�o sofrendo, estranhando. Ficavam no colo dele sempre".

Erenita disse que ficou sabendo do acidente por uma vizinha, que pediu a ela que descesse para ver o marido. "Estava estirado no ch�o. Eu j� estava dando como morto, mas me disseram depois que o cora��o ainda estava batendo". A mulher s� ficou sabendo da morte do marido horas depois, pelos filhos.

Meses antes, quando passava pelo tratamento, ela relata que todos se preocupavam com o estado de sa�de de Rocha. "Ele teve convuls�es, andou na cadeira de roda. Fiquei mais de tr�s meses dando banho nele". Depois de recuperado, houve comemora��o. "Todos os vizinhos diziam que o 'seu Rocha', estava corado, com uma sa�de boa".

Ela disse que as reclama��es sobre a ciclovia - j� alvo de um abaixo-assinado - s�o frequentes. "Al�m de a avenida ser movimentada, com muitos carros e �nibus, agora tem esses ciclistas. � um lugar de movimento de muitas pessoas, que muitas atravessam", contou.

Protesto

O comerciante Jackson Ferreira Lima, de 65 anos, organizou uma manifesta��o em solidariedade a Rocha. O ato deve ocorrer no pr�ximo domingo, �s 10h, no local do acidente.

Ele disse ter trabalhado por 35 anos no mesmo local em que o amigo era zelador, na Alameda Ja�.

"Queremos nos solidarizar com a fam�lia e pedir �s autoridades que coloquem algum limite de velocidade. N�o somos contra as ciclovias, mas os ciclistas passam muito r�pido".

De acordo com ele, h� outros relatos de pessoas atropeladas na via. "J� era para termos feito um protesto antes. Ali � um ponto onde passam �nibus, tem muito pedestre. N�o d� para ter bicicleta passando em alta velocidade", disse.