S�o Paulo, 09 - Proibido na capital paulista pelo prefeito Fernando Haddad (PT) - que vai sancionar projeto de lei bane aplicativos de carona -, o Uber n�o desistiu de continuar funcionando. Haddad disse na manh� desta sexta-feira, 9, que a empresa norte-americana peticionou na �ltima quarta-feira, 7, um pedido para que a Prefeitura considere a possibilidade de regula��o do servi�o como transporte individual privado, com base no Plano Nacional de Mobilidade Urbana.
"Vamos responder a essa provoca��o, que est� baseada nas decis�es liminares que foram tomadas no Rio e que favorecem um sistema mais leve, menos r�gido, mas ainda, sim, regulado. Da regula��o, n�o podemos abrir m�o", afirmou o prefeito em visita ao Centro Educacional Unificado (CEU) Paz, no Jardim Vista Alegre, zona norte da capital.
Haddad disse que vai verificar "a conveni�ncia e a oportunidade" da proposta do Uber. A fiscaliza��o contra a empresa continua valendo.
Nesta quinta-feira, 8, a gest�o Haddad anunciou a libera��o de 5 mil alvar�s para uma nova categoria do servi�o na cidade com o nome oficial de "t�xi preto". Em nota, a empresa afirmou que o seu servi�o n�o � t�xi e que, portanto, "n�o se encaixa em nenhuma categoria" do transporte.
"O Uber deveria considerar. Poderia usar o Condutax. Por que o Uber n�o usa? Acho que eles pr�prios fortaleceriam a posi��o deles se usassem o Condutax", afirmou Haddad, acrescentando que h� 40 mil taxistas na fila pela libera��o de alvar�s.
Em nota, o Uber afirmou que segue "operando normalmente em S�o Paulo" e que "aguarda a regulamenta��o municipal" do servi�o de transporte individual privado. O artigo 3� do Plano Nacional de Mobilidade Urbana prev� que s�o modos de transporte urbano o servi�o individual de natureza privada.
Alvar�s
Segundo Haddad, com o decreto anunciado nesta quinta-feira, os aplicativos como o Uber est�o autorizados a circular se tiverem alvar�.
A Prefeitura estuda o valor do alvar� da nova categoria, mas Haddad j� adiantou que � estimado em R$ 60 mil. Haddad defende que o valor n�o � proibitivo porque ser� parcelado.
"Vamos supor que seja R$ 1 mil por m�s a presta��o. O taxista j� paga R$ 1 mil por semana por alguma coisa que n�o � dele. Imagina que (a parcela) seja de R$ 1 mil por m�s. Ele vai diminuir em 75% o custo para adquirir uma coisa, n�o para pagar o aluguel ao propriet�rio", afirmou.
"Ent�o, n�o � proibitivo. Estamos fazendo a conta para n�o s� caber dentro do or�amento dele, mas para facilitar a vida dele, considerando a situa��o hoje, que � muito prec�ria", disse Haddad.