(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Misticismo, dark folk e surpresas no �ltimo dia da SPFW


postado em 24/10/2015 13:01

S�o Paulo, 24 - No �ltimo dia da S�o Paulo Fashion Week, o primeiro desfile come�ou pontualmente. Uma exce��o, j� que a regra geral � de 15 a 30 minutos de atraso. No m�nimo. �s 10h, quando os convidados entraram na sala da apresenta��o da estilista Giuliana Romanno, montada na galeria de arte Rabieh, nos Jardins, as modelos j� estavam posicionadas atr�s de uma porta de vidro. Giuliana faz roupas para mulheres contempor�neas, que n�o t�m tempo a perder. Ent�o, a pontualidade fez todo o sentido. Fizeram sentido para elas tamb�m as roupas da cole��o, com uma alfaiataria desconstru�da, estampas s�brias, cores escuras e um ou outro look mais sexy, com as tramas abertas que j� s�o conhecidas da clientela da marca.

A estilista vem em um crescente criativo e essa cole��o confirma sua voca��o de grande alfaiate para a moda feminina, com o perd�o do contrassenso. �Os desfiles da semana superaram as expectativas�, diz Larissa Lucchese, editora de moda da revista "Marie Claire". �Fazia tempo que uma temporada nacional n�o empolgava tanto. Com a crise, os estilistas n�o podem errar. Eles pareceram empenhados e d� para ver o crescimento nas roupas.�Famosa pelo seu trabalho primoroso em couro, a estilista Patr�cia Vieira apostou no misticismo em uma cole��o inspirada por uma viagem ao deserto do Atacama. Realizada no Centro Universit�rio Belas Artes, a apresenta��o teve, entre seus pontos fortes, cal�as flare em couro azul marinho com aplica��es de minibrilhos dourados e jaquetas pintadas a m�o, com desenhos de s�mbolos do zod�aco, caravelas, luas e estrelas.

Avessa � gera��o digital, Patr�cia tem um estilo mais ch�o de f�brica. E seu curtume pr�prio produz couros lev�ssimos com acabamentos tecnol�gicos. �Sou perfeccionista e dif�cil de trabalhar�, afirma ela, que colocou sal grosso no centro da passarela. At� a�, tudo bem, porque a estilista tamb�m � conhecida por sua veia esot�rica. A surpresa veio no final, quando uma cerim�nia de entrega do t�tulo de professora Honoris Causa come�ou de repente. A jornalista Mar�lia Gabriela subiu em um palco e fez uma homenagem � Patr�cia - houve uma solenidade at� com Hino Nacional. Totalmente fora do protocolo fashion.

Outra surpresa foi o desfile da Ratier, marca de Renato Ratier, conhecido empres�rio da noite, que, no final de 2014, resolveu se aventurar no ramo da moda ao abrir uma loja estilosa nos Jardins. A apresenta��o come�ou com fuma�a de gelo seco na passarela, teve m�sica eletr�nica e at� um cachorro husky.

Foi interessante

Uma turma da noite, que n�o frequenta normalmente a fashion week, acomodou-se confortavelmente na fila B, em uma atitude descolada e despretensiosa de galera do fund�o (na turma da moda, todo mundo quer sentar na fila A). Couro e algod�o juntos foram chave na constru��o de looks masculinos e femininos.

O estilo de Ratier � dark folk, um mix de refer�ncias underground com um toque campestre - ele foi criado no Mato Grosso do Sul, sua fam�lia cria gado, e sua m�e � artista pl�stica. A moda faz a linha do americano Rick Owens, que desfila em Paris, linha que nenhum estilista nacional explora. Merecem destaque os tric�s de couro e os �acess�rios de vestir�, assinados pela marca Baum & Haut, da designer Caroline Baum. S�o mangas, golas, cintos e pelerines remov�veis, que d�o um super charme �s pe�as b�sicas.

O desfile da Colcci, agora sem Gisele B�ndchen, n�o teve surpresas. Em vez de tentar substituir a supermodelo, a marca focou nas roupas, bonitas e comerciais. Pe�as de chamois em tons de camelo, uma novidade para a Colcci, foram misturadas ao denim, seu carro-chefe.

Renda, couro e jacquard complementaram a cole��o, inspirada no ritmo lento de destinos des�rticos. �As pessoas est�o correndo muito na cidade, o ritmo � cada vez mais fren�tico. Por isso, elas buscam viagens incomuns a lugares distantes onde inclusive o celular n�o pega�, diz a estilista Adriana Zucco. Em geral, 10 a 15 itens da cole��o s�o escolhidos para ganhar vers�es comerciais. Por isso, o que se v� na passarela n�o se encontra nas vitrines. �N�o adianta fazer pe�as que custam uma fortuna�, afirma Adriana. Est� a� uma coisa que n�o � surpresa na moda nacional. Entre conceito e vendas, �s vezes h� uma boa dist�ncia.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)