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Estado de Minas

Governo confirma presen�a do zika v�rus em exames de fetos com microcefalia


postado em 17/11/2015 18:31

Bras�lia, 17 - O Minist�rio da Sa�de confirmou nesta tarde de ter�a-feira, 17, ter identificado a presen�a de zika v�rus em exames de l�quido amni�tico coletados em dois fetos com microcefalia da Para�ba. Os resultados, adiantados pelo jornal "Estado de S. Paulo", indicam uma �ntima rela��o entre o aumento s�bito de casos e o v�rus, que entrou no Pa�s no in�cio do ano, provocou epidemia no Nordeste e j� est� presente em 14 Estados, incluindo Rio e S�o Paulo.

"N�o podemos ser categ�ricos. Mas a presen�a do v�rus n�o � apenas uma coincid�ncia", disse o diretor do Departamento de Doen�as do Minist�rio da Sa�de, Cl�udio Maierovitch. "Estamos sendo extremamente cautelosos nessa rela��o, porque a situa��o � nova no mundo. At� agora, n�o havia nenhum relato entre o v�rus zika com malforma��o cong�nita. Por isso falamos de uma rela��o prov�vel", disse o diretor.

A Organiza��o Mundial da Sa�de foi comunicada sobre os resultados dos exames divulgados hoje. Ao fazer o an�ncio, o diretor convidou cientistas de todo o Brasil e do mundo a ajudar na comprova��o da causa e efeito - uma eventual rela��o entre a infec��o por zika e o aumento de casos.

Conforme adiantou o jornal, o material foi coletado pela m�dica especialista em medicina fetal Adriana Melo. O material foi enviado para Fiocruz. As gestantes passam bem. Ambas apresentaram, durante o in�cio da gesta��o, sintomas semelhantes aos da zika: manchas pelo corpo, febre baixa e coceira.

At� agora, foram registrados no Pa�s 399 beb�s que nasceram com a malforma��o, que se caracteriza pela circunfer�ncia cef�lica inferior a 33 cent�metros. De acordo com o grau da doen�a, a crian�a pode apresentar defici�ncia mental, problemas de vis�o, auditivos, convuls�es e dificuldades de locomo��o. Os casos foram registrados em Pernambuco (268), Sergipe (44), Rio Grande do Norte (39), Para�ba (21), Piau� (10), Cear� (9) e Bahia (8). A maior parte dos casos foi identificada nos �ltimos tr�s meses. O n�mero � significativamente maior do que o registrado semana passada, quando o Minist�rio da Sa�de declarou emerg�ncia em sa�de p�blica em car�ter nacional. Na quarta-feira, quando o an�ncio foi feito, haviam sido contabilizados 141 casos de microcefalia.

Diante do avan�o, o minist�rio tornou compuls�ria a notifica��o de casos da malforma��o em todo territ�rio nacional. O protocolo para identifica��o de beb�s com o problema, desenvolvido em Pernambuco, dever� ser usado em todo o Pa�s. N�o est� definido ainda se governo vai preparar um protocolo para atendimento de beb�s, que necessitam de atendimento especial para toda vida.

Maierovitch afirmou que a situa��o � extremamente preocupante. "Embora ainda n�o haja confirma��o, os resultados demonstram a necessidade de se refor�ar ainda mais as medidas de combate ao mosquito transmissor da doen�a, o Aedes aegypti, o mesmo vetor da dengue", disse. O diretor admitiu que a tarefa n�o � f�cil. A pr�pria hist�ria da dengue no Brasil demonstra os entraves. O v�rus da dengue chegou no Pa�s na d�cada de 80 e, desde ent�o, foram sucessivas as epidemias provocadas pela doen�a. "N�o sab�amos como seria a trajet�ria da doen�a caso medidas de preven��o n�o tivessem sido adotadas. Poderiam ser ainda maiores do que apresentamos. Mas o fato � que os indicadores s� aumentaram."

Na pr�xima semana, uma reuni�o ser� feita com representantes das secretarias de Sa�de para discutir estrat�gias para refor�ar o combate ao mosquito, que transmite, al�m de dengue e zika, chikungunya.

O isolamento do v�rus da Zika nos beb�s com microcefalia usou tr�s metodologias. O resultado ser� usado para nortear outros exames e, com isso, comprovar ou descartar a associa��o da malforma��o e a infec��o. "Sabemos exatamente qual o tipo do v�rus, o que facilita muito o trabalho", disse. Maierovitch descartou a realiza��o de exames de l�quido amni�tico em outras gestantes que tenham suspeita da infec��o ou de rotina. "Eticamente isso n�o � recomendado. O teste traz riscos, � indicado em situa��es determinadas", completou. A ideia de autoridades sanit�rias �, com o conhecimento do tipo de v�rus envolvido na infec��o, tentar identific�-lo em outras pacientes, mas por meio da an�lise de outros materiais, como sangue do beb� e da m�e e at� mesmo cord�o umbilical.

Deixando claro ser necess�ria ainda investiga��es sobre eventual rela��o entre zika e a malforma��o, Maierovitch refor�ou os cuidados que gestantes devem adotar em todo o Pa�s, sobretudo nos Estados onde a circula��o do v�rus j� foi identificada. N�o ficar em contato com pessoas com febre ou com manchas pelo corpo, n�o se expor a mosquitos, usar roupas de mangas longas, repelentes, usar medicamentos somente com orienta��o m�dica. "Parte delas talvez n�o seja f�cil de ser seguida, mas s�o recomenda��es importantes", disse. O diretor manteve o conselho dado semana passada, publicado pelo jornal, �s mulheres que querem engravidar de aguardar um pouco at� que a situa��o esteja mais bem definida.


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