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Estado de Minas

Larvicida � arma no combate ao zika v�rus


postado em 20/11/2015 19:37

Bras�lia, 20 - Num ano em que o n�mero de casos de dengue e de mortes provocadas pela doen�a foi recorde e em meio a um risco real de expans�o da epidemia de nascimentos de beb�s com microcefalia (m�-forma��o que est� fortemente associada ao zika v�rus), o Brasil n�o disp�e de uma arma essencial para o controle do mosquito vetor das duas doen�as: o larvicida. Documento obtido pelo jornal O Estado de S.Paulo do Minist�rio da Sa�de e encaminhado para secretarias estaduais admite a falta do insumo e aconselha as administra��es a fazer remanejamento dos estoques entre cidades e Estados. O documento, datado de setembro, previa que o problema estaria resolvido at� outubro, algo que n�o ocorreu.

"Aqui n�o tenho um grama desse larvicida. Como vou fazer preven��o nas regi�es onde h� racionamento de �gua?", questiona a gerente de vigil�ncia ambiental de Campina Grande, Rossandra Oliveira. Na cidade, de 412 mil habitantes, nasceram nos �ltimos meses 10 beb�s com microcefalia. H� tamb�m 11 gestantes que j� tiveram a s�ndrome do feto diagnosticada.

A m�-forma��o, at� agora considerada rara, atingiu n�veis epid�micos no Pa�s, 399 casos. A maior parte registrada nos �ltimos tr�s meses. A principal suspeita � a de que o fen�meno tenha sido provocado pela infec��o da m�e pelo zika. Como adiantou o jornal O Estado de S.Paulo, em dois fetos da Para�ba foi identificada a presen�a do v�rus, transmitido pelo Aedes aegypti.

O larvicida � usado para combater criadouros instalados em �gua limpa, como po�os e baldes. "As pessoas n�o guardam �gua porque querem. Elas s�o obrigadas, em raz�o do racionamento", argumentou Rossandra, que se diz de m�os atadas para fazer boa parte do combate ao mosquito da dengue. O munic�pio passou a receber um quarto da demanda de larvicida em julho. A justificativa para os atrasos foi problemas na aquisi��o do insumo, feita pelo Minist�rio da Sa�de.

Al�m de Campina Grande, o problema � encontrado em outras cidades da Para�ba. De acordo com informa��es da Secretaria de Sa�de do Cear�, parte dos munic�pios tamb�m n�o disp�e do insumo. J� a Secretaria de Pernambuco, Estado que concentra o maior n�mero de casos de microcefalia, o problema come�a aos poucos a ser resolvido. A assessoria de imprensa da Secretaria de Sa�de informou que remessas chegaram e que a distribui��o para algumas cidades come�ou a ser feita.

O Minist�rio da Sa�de, por meio de nota, informou que o larvicida n�o � a principal forma de combate ao Aedes aegypti. De acordo com a pasta, o insumo somente deve ser usado quando n�o � poss�vel remover ou eliminar os criadouros por meios mec�nicos ou f�sicos. "A popula��o tamb�m tem um papel fundamental no processo de preven��o e controle da dengue, como a elimina��o de recipientes que podem acumular �gua e servir de criadouro para o mosquito", disse a nota. De acordo com minist�rio, 15 minutos por semana s�o suficientes para que fam�lias fa�am vistoria.

"Esses conselhos s�o de fato importantes. Mas eles t�m efic�cia limitada em caso de seca, de racionamento", completou Rossandra. De acordo com o Minist�rio da Sa�de, ser�o enviadas at� o fim do m�s 20 toneladas de larvicida at� o final de novembro. Est� previsto o envio de mais 40 toneladas em janeiro de 2016 - o suficiente para a demanda do Brasil durante o ver�o.


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