A maior preocupa��o da Ag�ncia Brasileira de Intelig�ncia (Abin) na seguran�a dos Jogos Ol�mpicos e Paral�mpicos de 2016, no Rio de Janeiro, n�o s�o organiza��es terroristas, como o Estado Isl�mico, por exemplo. As aten��es dos �rg�os de seguran�a e intelig�ncia estar�o voltadas, principalmente, para os chamados “lobos solit�rios”, pessoas que conhecem, pela internet, a ideologia de uma organiza��o terrorista e agem em prol dela sem jamais ter tido contato com seus membros.
Segundo ele, os recentes atentados terroristas em Paris, no dia 13 de novembro, provocou um “alerta” nos servi�os de intelig�ncia para os Jogos de 2016. “A gente est� vendo que est� ocorrendo um recrudescimento dessas a��es e isso gera um alerta adicional para n�s. N�o � nada que gere uma preocupa��o excessiva ou temor. Mas, certamente, um avan�o nesse tipo de medida deve ocorrer no nosso dia a dia”, explicou.
Sallaberry ressaltou, no entanto, que os eixos de seguran�a p�blica e de defesa, que junto com a intelig�ncia, comp�em a seguran�a dos Jogos Ol�mpicos, n�o far�o altera��es em virtude do ocorrido em Paris. Os investimentos, segundo ele, j� foram “maci�os” em v�rias �reas e s�o adequados.
A Abin abriu neste segunda-feira o Semin�rio Internacional Enfrentamento ao Terrorismo no Brasil, que reunir� durante toda a semana profissionais de seguran�a e intelig�ncia dos Jogos de 2016. Em sua fala de abertura do evento, o diretor-geral da ag�ncia, Wilson Trezza, explicou que delega��es de dez pa�ses s�o consideradas de “alta sensibilidade” a a��es terroristas.
Trezza se referiu �s delega��es dos Estados Unidos, do Canad�, Egito, da Fran�a, Gr�-Bretanha, do Ir�, Iraque, de Israel, da R�ssia e S�ria. Outras delega��es s�o vistas com menor preocupa��o, mas ainda merecem aten��o, como a da Alemanha, Espanha e Jord�nia.
Para os dois diretores da ag�ncia, o Brasil est� pronto para receber os Jogos Ol�mpicos e oferecer a seguran�a adequada. “Temos um papel desafiador, mas nos consideramos � altura do desafio”, disse Trezza. Presente � abertura do semin�rio, o ministro da Secretaria-Geral da Presid�ncia da Rep�blica, Ricardo Berzoini, destacou a import�ncia da coopera��o internacional na preven��o de atentados terroristas.
“Precisamos trabalhar com muita coopera��o internacional porque esse � um assunto que n�o se resume �s fronteiras de cada pa�s, como bem deixou claro os atentados em Paris e depois no Mali. A preven��o tem que ser internacional”, disse Berzoini. O ministrou mencionou o trabalho de seguran�a feito na Copa do Mundo de 2014 e acrescentou que as Olimp�adas contam com mais pa�ses e mais diversidade cultural e pol�tica.
“Evidentemente, as Olimp�adas t�m muito mais pa�ses e com uma diversidade pol�tica e de rela��es internacionais muito mais complexa. Ent�o, temos que redobrar os esfor�os, aproveitar o que foi feito na Copa e produzir iniciativas e resolu��es que sejam capazes de melhorar o que j� foi feito”.
O ministro tamb�m demonstrou cautela com o tema. Apesar de admitir n�o entender profundamente do assunto, disse que “todo cuidado � pouco” com atentados terroristas durante os jogos. “[O terrorismo] � um desafio para grandes pot�ncias, pa�ses que j� t�m experi�ncia com esse tipo de evento. Portanto, temos que ter a mesma preocupa��o, saber que todo cuidado � pouco e que todos os preparativos t�m que ser feitos com muita responsabilidade”, afirmou.