Microcefalia pode reduzir 6 meses ap�s pico de zika

Bras�lia, 27 - O representante no Brasil da Organiza��o Pan-Americana de Sa�de (Opas), Joaquim Molina, afirma que os pr�ximos dois meses s�o decisivos para se avaliar a rela��o entre o zika e o aumento de casos de microcefalia no Brasil. "Se o ritmo de nascimentos de beb�s com microcefalia cair a partir de agora, a hip�tese de que a infec��o pelo v�rus contribui para a m�-forma��o se fortalece", disse o representante. Isso porque o nascimento dos beb�s ocorreria em at� seis meses depois do pico da epidemia que afetou alguns Estados do Nordeste neste ano.

"O aumento ficaria restrito ao per�odo em que gestantes de at� tr�s meses poderiam ter sido infectadas pelo zika. Ser� um indicativo importante, mas n�o definitivo", completou. Pesquisadores avaliam a hip�tese de que a a��o do v�rus ocorre at� o terceiro m�s de gesta��o, per�odo de forma��o do sistema nervoso do feto. Fragmentos do v�rus j� foram encontrados no l�quido amni�tico de dois fetos com microcefalia.

Cauteloso, Molina afirma ser necess�rio ainda avalia��es mais precisas para se afirmar de forma categ�rica que a m�-forma��o � provocada pela infec��o da mulher at� o terceiro m�s de gesta��o. "N�o h� ainda elementos que possam dizer que o zika � o �nico respons�vel. Pode haver outros fatores envolvidos", completou. Ele observa que caso os nascimentos com m�-forma��o continuem no mesmo ritmo fica enfraquecida a tese de que o problema estaria relacionado � zika.

O pico da epidemia de zika em alguns Estados do Nordeste ocorreu, de acordo com estimativas, nos meses de abril e maio. Os n�meros n�o s�o precisos porque n�o � recomendada a realiza��o de exames para identifica��o do zika.

Molina disse que a Opas acompanha de perto os acontecimentos. "� doloroso ver o drama das fam�lias", completou. Para ele, o mais importante � refor�ar as a��es de controle contra o mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, da chikungunya e da zika.

As informa��es s�o do jornal

O Estado de S. Paulo.