Rio de Janeiro, 30 - Nos �ltimos 40 anos, a propor��o de mortes violentas (especialmente assassinatos e acidentes de tr�nsito) em rela��o ao total de �bitos registrados no Pa�s cresceu de 6,4% para 10,2%. Os homens correm muito mais risco: a participa��o da popula��o masculina nos �bitos violentos chega a 84,2%, segundo as Estat�sticas do Registro Civil, que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE) divulga nesta segunda-feira, 30. O grupo et�rio mais vulner�vel � o de 20 a 24 anos, com sobremortalidade de 4,9 em rela��o �s mulheres dessa idade, ou seja, um homem tem 4,9 vezes mais chance de morrer nessa idade do que uma mulher. Em 1974, essa diferen�a era de 1,7 vez.
Na d�cada de 2004-2014, no entanto, registrou-se queda importante da mortalidade masculina por causas violentas nos estados de S�o Paulo, de 41,5%, e do Rio de Janeiro, de 21,8%. A sobremortalidade, consequentemente, caiu. O IBGE acredita que isso se deva aos esfor�os dos dois Estados no per�odo para a conten��o da criminalidade. Nessa d�cada, houve aumento das taxas em Alagoas (de 73,0 para 160,8 a cada 100 mil homens) e no Cear� (de 69,3 para 141,5 a cada 100 mil).
Com os brasileiros vivendo cada vez mais, a participa��o da morte de idosos no volume de �bitos do Pa�s foi muito impactada: em 1974, quando a popula��o era muito jovem, o n�mero de mortes de pessoas de 65 anos ou mais representava 27,3% do total; em 2014, o porcentual era de 56,9%.