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Estado de Minas

Restauro descobre pinturas raras de prata em igreja de Itu


07/12/2015 10:49

As obras de restauro na Igreja de Nossa Senhora da Candel�ria, em Itu, interior de S�o Paulo, revelaram pinturas feitas h� mais de duzentos anos com uma t�cnica incomum no barroco brasileiro. Al�m do douramento tradicional, os autores usaram delicadas folhas de prata para compor as obras. Constru�da em 1780, a Candel�ria � considerada pelo Instituto do Patrim�nio Hist�rico e Art�stico Nacional (Iphan) a maior igreja barroca do Estado de S�o Paulo.

De acordo com o restaurador Julio Moraes, contratado pelo Iphan para a obra, a quantidade de prata usada no altar-mor n�o se encontra em outro lugar do Pa�s. Segundo ele, a remo��o das camadas de repintura mostrou que a capela-mor tem a totalidade das suas superf�cies intensamente policromadas e douradas, um luxo raro nas igrejas coloniais paulistas. O trabalho em prata, no entanto, ainda era desconhecido e enriquece o conjunto.

O achado chamou a aten��o do historiador Carlos Gutierrez Cerqueira, pesquisador do Iphan, que esteve na cidade para estudar a obra. Ele identificou na capela-mor a assinatura de Mathias Teixeira da Silva, nome at� ent�o desconhecido, e a data de 1788. De acordo com Cerqueira, o altar-mor e dois grandes altares laterais s�o, provavelmente, de Bartolomeu Teixeira Guimar�es, que trabalhou com Jos� Patr�cio da Silva Manso, autor da pintura do forro e mestre de Padre Jesu�no de Monte Carmelo, expoente da arte sacra paulista.

Nas paredes laterais do altar-mor, que estavam pintadas de branco, foram encontradas pinturas em tons de azul, com cenas do Velho Testamento, feitas por Mathias Teixeira, emoldurando as j� conhecidas telas de Padre Jesu�no. Para o historiador do Iphan, as pinturas e doura��o de Silva Manso sobre os entalhes em madeira de Guimar�es elevam a arte de Bartolomeu ao patamar do que se produzia, na mesma �poca, em Portugal. As obras se tornaram vis�veis com a retirada dos andaimes e tapumes no �ltimo fim de semana.

Os restauradores j� haviam descoberto v�rias pranchas policromadas provenientes de um forro, provavelmente pintadas por Jesu�no - nesse caso, as pinturas eram originais, n�o haviam sido cobertas por outras tintas. "Al�m de todos os benef�cios de uma restaura��o desta amplitude, tamb�m se configura um panorama at� ent�o desconhecido, com Itu como importante centro de produ��o art�stica no s�culo 18, e revelam-se obras in�ditas que v�m reconstruir a hist�ria colonial do Estado de S�o Paulo", registrou o Iphan sobre os achados.

O restauro � realizado com apoio da Lei Rouanet, com recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econ�mico e Social e da prefeitura de Itu.


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