S�o Paulo, 22 - Totalmente tecnol�gico e interativo, o Museu da L�ngua Portuguesa foi criado em 2006 para apresentar as origens e a hist�ria deste idioma falado por cerca de 270 milh�es de pessoas no mundo - e para mostrar as influ�ncias e mudan�as sofridas ao longo dos anos.
Foram investidos R$ 37 milh�es na constru��o do espa�o, que logo caiu no gosto popular e dos professores - em 2014, ele recebeu 386 mil pessoas e foi o quinto mais visitado da cidade.
O museu conta com uma exposi��o permanente, que resgata justamente a hist�ria da l�ngua portuguesa, e as tempor�rias - no in�cio, exclusivamente em homenagem a grandes nomes da literatura lus�fona e, mais recentemente, para debater tamb�m a rela��o entre as diversas formas de linguagem.
O Tempo e Eu e Vc, em homenagem ao escritor, etn�grafo, pesquisador e folclorista C�mara Cascudo (1898-1986), era uma dessas mostras especiais e ficaria em cartaz at� 14 de fevereiro. Na entrada, um grande labirinto de livros recebia o visitante. A vida do pesquisador era contada em uma estrutura gigante com 10 metros de largura e 4 metros de altura, onde eram expostos objetos que representavam a linha do tempo de C�mara Cascudo, relacionados a etnografia ind�gena, etnografia africana, cultura popular brasileira, cultura popular estrangeira, alfaias e arte sacra. Segundo comunicado de Daliana Cascudo, neta do pesquisador, o material exposto era cenogr�fico.
Tamb�m estava em cartaz, pela quinta vez, Esta Sala � Uma Piada, com trabalhos do Sal�o de Humor de Piracicaba.
A exposi��o que marcou a inaugura��o do museu lembrou os 50 anos de publica��o de Grande Sert�o: Veredas, de Guimar�es Rosa. A institui��o manteve a aposta em autores que seriam sucesso de p�blico nas mostras seguintes: Clarice Lispector (2007), Machado de Assis (2008), Cora Coralina (2009), Fernando Pessoa (2010), Oswald de Andrade (2011), Jorge Amado (2012) e Rubem Braga (2013). Cazuza foi o �nico m�sico a ganhar uma exposi��o - mas ela foi centrada em seu esp�rito contestador, que encontrava eco nas ruas do Pa�s em meio �s manifesta��es de 2013.
Cursos, palestras e oficinas tamb�m costumavam ser realizadas no local, mas o que encantava mesmo o visitante eram as instala��es - como a Palavras Cruzadas, com totens dedicados �s influ�ncias das l�nguas e dos povos que contribu�ram para formar o portugu�s falado no Brasil; a Linha do Tempo, com recursos interativos; o Beco das Palavras, uma sala com jogo etimol�gico onde era poss�vel brincar com a cria��o de palavras; o Mapa dos Falares, em que era poss�vel escolher um local e ouvir depoimentos de pessoas de l�: e o tel�o de 106 metros de comprimento, exatamente a extens�o da Grande Galeria, e que ia do ch�o ao teto.
As informa��es s�o do jornal
O Estado de S. Paulo.