S�o Paulo, 22 - Com homenagens de outros bombeiros civis e presen�a de homens do Corpo de Bombeiros do Estado de S�o Paulo, que foram prestar solidariedades � fam�lia, o corpo do brigadista Ronaldo Pereira da Cruz, de 39 anos, foi velado no come�o da tarde desta ter�a-feira, 22, no Cemit�rio de Santana, tamb�m conhecido como Chora Menino, na zona norte da capital paulista.
Morador da zona norte, Cruz nasceu no Br�s, regi�o central da capital. A fam�lia, de nove irm�os, fugiu do aluguel com ele ainda pequeno, se mudando para Francisco Morato, na Grande S�o Paulo. "Ele queria ser bombeiro desde crian�a", conta Silvio Pereira da Cruz, de 47 anos, irm�o da v�tima.
O brigadista, entretanto, trabalhou como jardineiro paisagista boa parte da vida. "Ele tinha m�quinas de jardinagem, que comprou no nome da nossa m�e antes de ela morrer", lembra outro irm�o, Nilton Pereira da Cruz, de 44 anos. "Mas largou tudo quando fez o curso para ser bombeiro", afirma.
Antes de trabalhar no Museu da L�ngua Portuguesa, Cruz j� havia trabalhando em outro ponto tur�stico da cidade, o Museu do Ipiranga, do governo do Estado, fechado por falta de manuten��o h� cerca de um ano. "Ele estava trabalhando no museu h� uns quatro anos", conta Nilton.
Nesta segunda-feira, 21, quando o fogo atingiu o museu, segundo os irm�os, Cruz entrou e saiu do pr�dio para ajudar os funcion�rios por duas vezes. Nas duas, saiu com colegas. "Na terceira vez que ele entrou, n�o saiu", diz Nilton. "Disseram que ele sofreu uma parada cardiorrespirat�ria, por causa da fuma�a", lamenta o irm�o.
A mulher de Pereira, Rita de C�ssia Os�rio da Cruz, de 49 anos, com quem Cruz foi casado por seis anos, estava inconsol�vel durante o vel�rio, caindo em prantos com a chegada de cada novo conhecido. Suas duas filhas, enteadas de Cruz, permaneceram o tempo todo ao lado do caix�o, tamb�m chorando muito. "Eles se amavam muito. No Facebook dela, n�o tem nenhuma foto dela sem ele junto, nenhuma", conta o irm�o Silvio.
A �ltima vez que o casal se viu foi cerca de duas hora antes do inc�ndio. Segundo os irm�os, Rita passou no museu para deixar almo�o para o marido, entregando uma marmita para ele por volta das 14 horas. Segundo os bombeiros, o inc�ndio que o matou teve in�cio por volta das 16 horas.
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Brigadista morreu ap�s voltar a museu em chamas pela 3� vez
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