Belo Horizonte, 14 - A Pol�cia Federal indiciou na quarta-feira, 13, a Samarco, a Vale (controladora da empresa), a VogBr e mais sete executivos por crime ambiental provocado pelo rompimento da barragem de Fund�o, no distrito de Bento Rodrigues, em Mariana, no dia 5 de novembro. O diretor-presidente da Samarco, Ricardo Vescovi, al�m do respons�vel pelo monitoramento de represas da mineradora e gerentes da �rea est�o entre os indiciados. A VogBr emitiu parecer atestando a estabilidade da barragem que rompeu, matando 17 pessoas - duas est�o desaparecidas.
A PF, no indiciamento, aponta apenas cargos, e n�o seus ocupantes. O indiciamento foi por polui��o ambiental em propor��o que afete o conv�vio humano. O rompimento da barragem, al�m de poluir o Rio Doce, atingido pela lama que vazou da represa, impossibilitando, por exemplo, a pesca, deixou sem �gua cidades de Minas Gerais e do Esp�rito Santo.
Em comunicado, a Vale diz que recebeu com surpresa a not�cia do indiciamento e afirmou que "reflete um entendimento pessoal do delegado e ocorre em um momento em que as reais causas do acidente ainda n�o foram tecnicamente atestadas e s�o, portanto, desconhecidas".
A Samarco tamb�m destacou que discorda da decis�o e ressaltou que "n�o h� uma conclus�o pericial t�cnica das causas do acidente". A VogBR vai esperar a notifica��o da PF para se pronunciar.
Plano
Somente anteontem a Samarco entregou ao Tribunal de Justi�a de Minas Gerais (TJ-MG) o plano de emerg�ncia em caso de rompimento das barragens de Germano e Santar�m, em Mariana. Conforme previsto em a��o movida pelo Minist�rio P�blico Estadual o plano deveria ter sido entregue na segunda-feira. A multa di�ria pelo atraso � de R$ 1 milh�o.
A mineradora ainda apresentou � Justi�a uma peti��o tentando justificar o atraso. Segundo a Samarco, a empresa contratada para o servi�o n�o teria entregue o material no tempo previsto. A solicita��o dever� ser analisada pelo TJ nos pr�ximos dias.
As informa��es s�o do jornal
O Estado de S. Paulo.