Estudo aponta poss�vel rela��o entre zika e outra m�-forma��o

Bras�lia, 14 - Microcefalia talvez n�o seja a �nica consequ�ncia da infec��o pelo zika v�rus nos beb�s durante a gesta��o. Um estudo publicado na revista Ultrasound in Obstetrics & Gynecology da diretora do Instituto de Pesquisa Professor Joaquim Amorim Neto Adriana Melo e de Ana Bispo, do Instituto Oswaldo Cruz, relata a ocorr�ncia de dois casos em que, al�m de microcefalia, pacientes apresentavam outra m�-forma��o rara, a artrogripose, uma doen�a que se caracteriza por graves defici�ncias nas articula��es. "Em toda minha vida havia visto dois casos. Desde setembro, foram outros quatro. Vi que havia algo errado", conta Adriana.

Dois dos casos se tratavam de beb�s que morreram pouco depois de nascer. Outros dois s�o fetos. Todos tiveram diagn�stico de microcefalia. "Em dois casos j� tivemos a confirma��o da infec��o por zika", completou.

A pesquisadora diz que ainda n�o � poss�vel afirmar se a artrogripose � consequ�ncia da infec��o por zika. "� cedo para atribuirmos causa e consequ�ncia. Mas o importante � que todos os profissionais fiquem alertas", completou.

Adriana observou que, al�m de problemas nas articula��es, h� um caso, que est� ainda em investiga��o, de problemas card�acos. O professor da Universidade Federal de Pernambuco Carlos Brito afirma que no Estado tamb�m h� relatos de casos de crian�as com problemas na articula��o, cujas m�es tiveram, durante a gesta��o, queixas de sintomas semelhantes aos de zika.

Tanto Adriana quanto Brito defendem uma mudan�a no tratamento da doen�a para "zika cong�nita", em vez de microcefalia provocada por zika. "� o mesmo que ocorre com outras s�ndromes, como s�filis cong�nita", disse o professor. "Talvez microcefalia seja o sintoma mais importante, mas n�o o �nico. A mudan�a da denomina��o ajudaria profissionais a ter isso em mente", completou Brito.

Adriana relata que a microcefalia em beb�s cujas m�es apresentaram zika durante a gesta��o tem caracter�sticas bem diferentes da microcefalia cl�ssica. "Os casos s�o mais graves."

As informa��es s�o do jornal

O Estado de S. Paulo.