
Nos tr�s prontos-socorros mais pr�ximos do local do vazamento de produtos qu�micos seguido de inc�ndio, que atingiu na tarde dessa quinta (14/1), um terminal de cargas empresarial no Guaruj�, cenas de desespero se repetiam. Eram jovens, idosos, crian�as que n�o paravam de chegar com os mesmos sintomas: falta de ar, tosse, sensa��o de ard�ncia na garganta e nos olhos e muito p�nico. Segundo funcion�rios dos prontos-socorros, nenhum paciente evoluiu para um quadro grave.
Quase quatro horas ap�s o vazamento, �s 19h, ainda havia v�rias pessoas que chegavam tremendo e sem conseguir respirar � Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Jardim Boa Esperan�a. Eram, em sua maioria, moradores do Pae Car�, bairro do Distrito Vicente de Carvalho. No local, casas e com�rcios foram invadidos pela nuvem densa, escura e de cheiro forte.
Em alguns momentos da tarde, era imposs�vel ver o que estava a poucos metros de dist�ncia. "Estava tomando banho e quando sa� s� vi a casa tomada pela fuma�a. Foi um desespero. Todo mundo come�ou a sair das casas porque o cheiro era insuport�vel", conta o estudante Danilo Mateus, de 17 anos.
A situa��o obrigou a ger�ncia do pronto-socorro Vicente de Carvalho, em Pae Car�, a fechar as portas e transferir os nove pacientes internados, al�m dos tr�s m�dicos, para a UPA Jardim Boa Esperan�a e para a UPA Rodovi�ria. Antes do fechamento, atenderam 30 intoxicados. Um deles era uma idosa de 77 anos que n�o conseguia falar, por falta de ar. O neto dela, o motorista Hermann Germano Correa, de 30 anos, socorreu a av�, o tio e o pai, portador de defici�ncia. "Deu um desespero e uma revolta. Voc� v� o bairro todo tomado, todo mundo saindo nas ruas e sem ter pra onde ir, nenhuma orienta��o."