S�o Paulo, 15 - O ano de 2015 registrou quase 200 mil casos a mais e 189 mais mortes por dengue que 2013, recorde anterior. Ao todo, foram 1.649.008 notifica��es, com 863 mortes - em 2013, haviam sido 1.452.489 registros e 674 �bitos. Em outubro, o jornal
O Estado de S. Paulo
publicou que, com 1,4 milh�o de casos e 693 mortes, 2015 j� tinha ultrapassado os dados de todos os anos desde 1990, quando as estat�sticas come�aram a ser monitoradas.
A taxa de �bitos � 82,5% e a de infec��es, quase o triplo do que havia sido registrado em 2014. O pico de casos o foi registrado em abril. Nos �ltimos meses, no entanto, os registros voltaram a ganhar ritmo. A incid�ncia aumentou em todas as regi�es entre outubro e dezembro, colocando em alerta autoridades sanit�rias.
Para o coordenador do Programa Nacional do Controle da Dengue, Giovanini Coelho, esse aumento deixa clara a necessidade de se combater o vetor da doen�a, o Aedes aegypti. "A tend�ncia de aumento come�a a se dar nesta �poca do ano. O importante � trabalharmos agora para tentar reduzir esse ritmo", observou.
Coelho atribuiu o n�mero recorde de mortes provocadas pela dengue a dois fatores: a doen�a ter ocorrido sobretudo no Estado de S�o Paulo, provocando, em um primeiro momento, uma sobrecarga no atendimento dos servi�os de sa�de. Associado a isso, est� o fato de a doen�a ter atingindo todas as faixas et�rias, incluindo pessoas com mais de 60 anos. "Esse grupo � mais suscet�vel. Muitos pacientes j� apresentam outras doen�as, como diabetes e hipertens�o. A dengue pode ajudar a descompensar problemas j� existentes."
H� ainda uma outra hip�tese, que, de acordo com Coelho, exige uma investiga��o mais aprofundada. Ele recorda que, em 2010, ano em que houve tamb�m um expressivo n�mero de �bitos, o sorotipo de v�rus de dengue com maior circula��o era o 1. Ano passado, esse subtipo tamb�m foi predominante. "H� uma possibilidade de que esse subtipo acarrete um comprometimento mais s�rio em pessoas de faixas et�rias mais elevadas", completou.