OMS faz alerta e pede que todos os pa�ses monitorem zika

Genebra, 19 - O escrit�rio central da Organiza��o Mundial da Sa�de (OMS), em Genebra, na Su��a, assume o combate do zika v�rus e pede que governos de todos os continentes monitorem e informem a entidade sobre eventuais casos da doen�a ou de microcefalia. No total, pelo menos 18 pa�ses j� identificaram casos. Mas, para a OMS, o temor � de uma prolifera��o ganhe for�a nas pr�ximas semanas.

"Estamos pedindo que todos os governos monitorem a situa��o e notifiquem a OMS sobre eventuais casos", disse Christian Lindmeier, porta-voz da entidade. Essa foi a primeira vez que a organiza��o na Su��a se pronunciou oficialmente sobre o caso. At� agora, todas as perguntas e mesmo os trabalhos eram realizados apenas pela Organiza��o Pan-Americana de Sa�de.

A transfer�ncia de compet�ncias para Genebra significa, segundo os funcion�rios, que existe o temor de uma prolifera��o para outros continentes e que a doen�a ganhou uma dimens�o maior no "cen�rio global". "J� temos casos em Cabo Verde, ilhas na Oceania e n�o sabemos como � que a doen�a viaja, se uma pessoa pode contaminar outra e qual � a fonte do v�rus", disse o porta-voz.

Por enquanto, a OMS n�o faz uma recomenda��o para que gr�vidas deixem de viajar ao Brasil. Mas alerta que todos os turistas devem "se proteger com m�todos tradicionais, como repelentes, camisas de manga larga". Segundo Lindmeier, aos governos a recomenda��o � de que se combata a �gua parada e se elimine o mosquito.

A OMS admite que, diante dos poucos casos no passado que resultaram em s�rios problemas, uma vacina jamais foi desenvolvida. "Trata-se de um v�rus desconhecido. N�o sabemos quantos casos de zika existem. N�o sabemos de onde ele vem. Normalmente, ele causa uma doen�a leve e apenas 25% dos casos mostra algum tipo de sintoma", disse. "Estamos monitorando a prolifera��o em 18 pa�ses na Am�rica", admitiu.

A OMS ainda n�o conseguiu estabelecer uma rela��o direta entre a microcefalia, que j� atingiu 3,5 mil casos no Brasil, e o v�rus. Mas afirma estar "trabalhando" ao lado das autoridades brasileiras e americanas para fazer avan�ar as pesquisas e "entender a liga��o entre os dois casos e para estabelecer as causas".

Segundo a entidade, 46 mortes foram registradas, com sete casos laboratoriais confirmados. Cinco deles foram identificados pelo Centro de Controles dos Estados Unidos, com casos envolvendo brasileiros. "A origem da microcefalia precisa ser investigada. � um aumento desconhecido", admitiu o porta-voz.