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Estado de Minas

Fiocruz investiga se pernilongo pode transmitir v�rus zika

Pesquisa deve ser conclu�da em tr�s semanas e tamb�m vai revelar se v�rus evolui mais r�pido no organismo do vetor


postado em 26/01/2016 17:19 / atualizado em 26/01/2016 17:41

(foto: Reprodução/Internet)
(foto: Reprodu��o/Internet)

O pernilongo pode transmitir o zika v�rus? � isso que a Fiocruz Pernambuco pretende descobrir nas pr�ximas semanas, quando ser� divulgado o resultado de um estudo iniciado no ano passado. Al�m da rela��o entre o zika e o Culex (nome cient�fico do inseto), o centro de pesquisas investiga ainda quanto tempo o v�rus leva para ser replicado no organismo do Aedes aegypti, principal vetor conhecido at� agora. Os achados podem explicar a velocidade da epidemia de infec��es e revelar um novo cen�rio epidemiol�gico da doen�a no Brasil.

O impulso para a realiza��o da pesquisa no Recife veio da observa��o dos primeiros registros de epidemia do v�rus, na Micron�sia e na Polin�sia Francesa. “Nestes lugares n�o s�o encontrados Aedes aegypti, desconfiaram que seria outra esp�cie do Aedes, mas n�o acharam nenhum mosquito infectado em campo. Nestes locais, no entanto, o Culex � abundante, mas essa hip�tese de ele ser um vetor do v�rus n�o foi estudada ainda”, explica a vice-presidente e pesquisadora da Fiocruz Pernambuco, Const�ncia Ayres.

Para confrontar a hip�tese, 200 pernilongos foram infectados pelo v�rus em laborat�rio duas vezes – uma no come�o e outra no fim de dezembro de 2015. O pr�ximo passo � colher materiais do intestino e da gl�ndula salivar dos pernilongos. “Estamos aguardando alguns reagentes que ser�o importados e dependemos disso para continuar. O prazo � de 15 dias e se correr dessa forma acredito que em tr�s semanas teremos o resultado”, explica Ayres.

Velocidade da transmiss�o
O zika v�rus, que foi identificado pela primeira vez em 1947, j� est� presente em quase toda Am�rica. Segundo a Organiza��o Pan-Americana da Sa�de (Opas), vinculada � Organiza��o Mundial da Sa�de (OMS), al�m do Brasil, outros 20 pa�ses j� registraram infec��es. A rapidez na transmiss�o do v�rus tamb�m � alvo do estudo elaborado no Recife.

“Ao infectar o mosquito em laborat�rio, conseguimos acompanhar o processo de replica��o do v�rus dentro do seu organismo, quanto tempo leva para sair do intestino e chegar na gl�ndula salivar. A minha hip�tese � que esse tempo � menor porque se o zika se espalha t�o r�pido, � porque de alguma forma o v�rus � replicado mais r�pido dentro do mosquito tamb�m”, acredita a pesquisadora Const�ncia Ayres.

Para a pesquisadora, no entanto, independentemente da confirma��o das hip�teses sobre a velocidade da transmiss�o e do pernilongo como vetor, � importante ter mais conhecimento sobre o processo do v�rus no organismo do vetor, o que repercute na epidemiologia da doen�a.

Se descobrirmos, por exemplo, que de alguma forma o Culex n�o processa o v�rus e pode driblar essa infec��o, vamos poder identificar os genes dessa resposta imune e isso pode tamb�m gerar novas possibilidades de bloqueio da transmiss�o”, diz.

“N�o tem tratamento espec�fico e nem vacina. O elo mais vulner�vel da transmiss�o � mosquito. Entender como ele interage com o v�rus pode nos ajudar a desenvolver outras formas de controle”, conclui a pesquisadora.

Outras pesquisas
Al�m dos trabalhos iniciados no ano passado, a Fiocruz Pernambuco quer descobrir se a f�mea infectada � capaz de transmitir o v�rus para seus ovos, assim como acontece com a dengue, e em que propor��o isso acontece.

Al�m disso, o centro de pesquisa come�ou a monitorar os nascimentos em alguns hospitais p�blicos do Recife. Cinco nascimentos j� foram monitorados nas maternidades Bandeira Filho e Professor Barros Lima e nos hospitais das Cl�nicas, Bar�o de Lucena e Agamenon Magalh�es. A ideia � que 200 crian�as passem pela avalia��o que pretende identificar o perfil dos rec�m-nascidos que t�m microcefalia e compar�-los com 400 beb�s que n�o tem a doen�a.


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