(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Portela renovada e pol�tica d�o o tom no Rio


postado em 09/02/2016 10:19 / atualizado em 09/02/2016 11:05

Portela foi uma das grandes surpresas na segunda noite de desfile no Rio de Janeiro(foto: AFP Photo/ Vanderlei Almeida )
Portela foi uma das grandes surpresas na segunda noite de desfile no Rio de Janeiro (foto: AFP Photo/ Vanderlei Almeida )
Os desfiles de Vila Isabel e S�o Clemente trouxeram de volta � Sapuca� na segunda-feira os temas pol�ticos, j� abordados na 1ª noite pela Mocidade, que usou Dom Quixote contra a corrup��o e os desvios na Petrobras. A Vila contou a vida de Miguel Arraes e a S�o Clemente levou at� panela�o. J� a inova��o coube aos drones do Salgueiro, que saiu aos gritos de "� campe�o", e a uma Portela com carros renovados por Paulo Barros.

Sem t�tulos desde 1984, a Portela foi a grande surpresa, com Paulo Barros trazendo suas alegorias animadas - incluindo Mois�s indo no voo da �guia at� o Monte Sinai e soltando �gua na pista. As cores e as coreografias, que o tornaram famoso na Tijuca, tamb�m estavam l�. At� o enredo indicava: No voo da �guia, uma viagem sem fim.

Logo no come�o do segundo dia, a comiss�o de frente de Jaime Ar�xa, da Vila Isabel, trouxe um cortejo f�nebre nordestino, com corpos carregados em redes, e a morte pairando sobre a avenida - um belo efeito da patinadora Telma Delelis, que n�o parecia patinar, mas deslizar.Para homenagear o centen�rio de Arraes, as mazelas sociais que ele enfrentou foram lembradas na avenida pela Vila: a seca, as moradias sobre palafitas, as dificuldades dos cortadores de cana, o analfabetismo.

A S�o Clemente, terceira a desfilar ontem, tamb�m trouxe cr�tica pol�tica, ao replicar, ao fim de seu desfile, os panela�os que tomaram o Pa�s no ano passado contra o PT e a presidente Dilma Rousseff. Seu enredo foi: Mais de mil palha�os no sal�o. Em duas alas de palha�os, as tampas de panelas deram o tom, assim como na �ltima alegoria.

O tom pol�tico j� havia sido sentido na avenida no domingo, durante o desfile da Mocidade. A escola falou de Dom Quixote de La Mancha e ousou ao comparar os moinhos enfrentados pelo personagem de Miguel de Cervantes aos percal�os da vida do brasileiro; entre eles, a corrup��o. A comiss�o de frente fazia alus�o ao esc�ndalo na Petrobras.

J� o Salgueiro lan�ou m�o de drones - uma forma de ver o desfile "do alto" e combater "buracos", acertando a harmonia. O enredo �pera dos Malandros e o samba empolgaram a plateia e a escola encerrou o desfile aos gritos de "� campe�o". O mesmo reconhecimento teve a Beija-Flor, destaque da primeira noite. A escola homenageou C�ndido Jos� de Ara�jo Viana, o Marqu�s de Sapuca�, outro pol�tico influente durante o Imp�rio, que nomeia o samb�dromo.

CRISE Como a Beija-Flor, todas as escolas haviam anunciado que este era um ano de conten��o de despesas, uma vez que n�o foram encontradas fontes de patroc�nio dos enredos na iniciativa privada nem em prefeituras e governos mencionados direta ou indiretamente. A Mocidade, no entanto, estava rica, e se sobressaiu.

Na Grande Rio, outra que adotou drones, tampouco havia sinal de crise. Mesmo sem o patroc�nio esperado da prefeitura de Santos, cidade homenageada, a escola de Duque de Caxias fez um desfile luxuoso, com bonitos efeitos especiais. Os core�grafos Priscilla Mota e Rodrigo Negri foram � Argentina buscar a tecnologia para uma imensa bola de futebol, que era inflada e encobria a Fonte de Itoror�.

A Tijuca, luxuosa, fez seu desfile sobre agricultura para arquibancadas j� bem vazias. A Est�cio de S� e a Uni�o da Ilha fizeram apresenta��es medianas.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)