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Estado de Minas

Brasil e Universidade do Texas firmam acordo para vacina contra zika


postado em 11/02/2016 14:01

Bras�lia, 11 - O ministro da Sa�de, Marcelo Castro, anunciou nesta quinta-feira, 11, a assinatura do primeiro acordo internacional para o desenvolvimento de vacina contra zika. A parceria foi feita entre a Universidade do Texas e o Instituto Evandro Chagas, no Par�. De acordo com Castro, a estimativa � que o produto esteja conclu�do em at� dois anos. Terminado esse prazo, teriam in�cio os testes. "Podemos ter a vacina em at� tr�s anos no total. Pesquisadores est�o otimistas", disse o ministro.

O pesquisador Pedro Vasconcelos, do Instituto Evandro Chagas, informou que o imunizante ser� feito a partir de trechos do v�rus respons�veis por desencadear resposta imune. Esses fragmentos seriam inseridos em uma esp�cie de c�psula formada tamb�m com material do v�rus, mas que n�o teria risco de provocar a infec��o no paciente. "O Brasil ficar� encarregado de fazer o sequenciamento do v�rus e testes em animais", contou Vasconcelos. O pesquisador afirmou que o sequenciamento do v�rus realizado no Instituto j� est� na sua fase final. O governo brasileiro dever� investir US$ 1,9 bilh�o nos pr�ximos cinco anos.

Outras duas frentes de pesquisa para desenvolvimento de vacinas est�o em negocia��o. Uma delas � uma parceria entre os Institutos Nacionais de Sa�de (NIH) dos Estados Unidos e o Instituto Butantan. H� ainda possibilidade do desenvolvimento de imunizante numa parceria entre Biomanguinhos e um laborat�rio farmac�utico.

Castro mais uma vez afirmou que n�o faltar�o recursos para desenvolvimento da vacina. "Dinheiro n�o � o problema", disse. De acordo com ele, a fase inicial das pesquisas n�o demanda grande aporte de recursos. Investimentos mais significativos ser�o necess�rios, avisou, no per�odo dos testes para se avaliar a efic�cia e seguran�a da vacina.

Al�m dos acordos de coopera��o, o ministro citou duas miss�es de analistas internacionais e de um convite feito � diretora-geral da Organiza��o Mundial da Sa�de (OMS), Margareth Chan, para uma visita ao Brasil como exemplo de que o Pa�s estaria aberto a colabora��es com a comunidade cient�fica. Os entendimentos, disse, estariam sendo feitos tanto para decifrar as d�vidas que ainda envolvem a forma de atua��o do zika e quanto para desenvolvimento de instrumentos que possam evitar o avan�o da doen�a no Pa�s e nas Am�ricas. "A doen�a se transformou numa amea�a internacional", completou. A visita da diretora vai ocorrer entre os dias 23 e 24 deste m�s. "Estamos bastante abertos", completou. De acordo com ele, essa caracter�stica teria motivado cr�ticas no cen�rio internacional.

O ministro confirmou a informa��o, antecipada nesta quinta-feira pelo jornal

O Estado de S. Paulo

, da terceira morte de um adulto no Pa�s relacionada ao v�rus zika. O caso, de uma mulher de 20 anos moradora do Rio Grande do Norte, foi comunicado � Organiza��o Mundial da Sa�de. O �bito ocorreu em abril, dias depois de a paciente entrar no hospital com queixas de problemas respirat�rios. Na �poca, suspeitou-se de que ela poderia ter dengue grave. Exames deram inconclusivos. O Instituto Evandro Chagas continuou a fazer an�lises e identificou, no fim de janeiro, que a paciente tinha zika. "Assim como outras doen�as infecciosas, n�o podemos afirmar de forma categ�rica que o v�rus foi a �nica causa da morte. Mas ele estava presente", disse o diretor do Minist�rio da Sa�de Cl�udio Maierovitch. Ele lembrou que o caso despertou aten��o pelo fato de a jovem, que n�o apresentava problemas de sa�de anteriores, ter tido uma evolu��o da doen�a muito r�pida.

Embora tenha repetido a frase de que n�o faltam recursos para a��es de combate ao Aedes aegypti e para pesquisas, o ministro confirmou a informa��o, dada pelo jornal O Globo de que os Estados do Rio de Janeiro e de S�o Paulo teriam enfrentado demora na entrega de kits de diagn�stico para dengue. De acordo com Castro, houve problema na aquisi��o de testes, mas o problema j� foi solucionado. "Os kits est�o sendo distribu�dos em todo o Pa�s", completou.

O ministro atribuiu tamb�m � falta de testes e treinamento espec�fico o atraso da entrada em vigor da obriga��o da notifica��o de novos casos de zika para autoridades de sa�de, a notifica��o compuls�ria. De acordo com o ministro, antes da a regra entrar em vigor, seria necess�ria a capacita��o e credenciamento de laborat�rios em v�rios pontos do Pa�s para o uso de kits espec�ficos. N�o h� ainda prazo para a regra come�ar a valer. "Mas a decis�o j� foi tomada."


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