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Estado de Minas

Casos de microcefalia explodem no Brasil

Minist�rio da Sa�de confirma que registros da doen�a aumentaram de 404 para 462 em apenas 10 dias


postado em 13/02/2016 07:00 / atualizado em 13/02/2016 07:59

Ministros participam de reunião preparatória para o dia nacional de mobilização contra o Aedes aegypti que acontece hoje em sua primeira etapa(foto: Fábio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil)
Ministros participam de reuni�o preparat�ria para o dia nacional de mobiliza��o contra o Aedes aegypti que acontece hoje em sua primeira etapa (foto: F�bio Rodrigues Pozzebom / Ag�ncia Brasil)

O n�mero de casos confirmados de microcefalia no Brasil aumentou de 404 para 462 nos �ltimos 10 dias, segundo o novo boletim epidemiol�gico divulgado pelo Minist�rio da Sa�de ontem. Desse total, a presen�a do v�rus zika foi confirmada em 41 crian�as. Outros 765 casos suspeitos de microcefalia pelo zika foram descartados ap�s an�lises mais criteriosas, ou por serem crian�as sem a malforma��o ou casos n�o relacionados a infec��es por v�rus ou bact�rias. Todos os n�meros se referem ao per�odo de 22 de outubro de 2015 a 6 de fevereiro deste ano, e incluem “outras altera��es do sistema nervoso central”, al�m da microcefalia.

J� foram notificados 91 �bitos de beb�s com microcefalia, o que inclui morte p�s-parto e aborto espont�neo. Desses, 24 foram investigados e confirmados e oito foram descartados. Outros 59 est�o sob an�lise. Ao todo, nesse per�odo, 5.079 casos suspeitos da malforma��o foram notificados ao Minist�rio da Sa�de. Pernambuco � o Estado com o maior n�mero de casos confirmados com infec��o por zika (33), seguido do Rio Grande do Norte (4) e Para�ba (2).

Mesmo nesses casos, n�o est� exclu�da a possibilidade de a m�e da crian�a ter tido outras infec��es capazes de causar danos ao sistema nervoso do feto. Ou seja: n�o s�o casos em que o zika foi identificado como �nica causa poss�vel da malforma��o. Os �nicos estados em que ainda n�o h� qualquer suspeita s�o Amap� e Amazonas. A circula��o aut�ctone do zika v�rus est� em 22 estados brasileiros.

Vacina

Num esfor�o global, pelo menos 15 laborat�rios no mundo trabalham hoje para o desenvolvimento de uma vacina contra o zika v�rus, de acordo com a Organiza��o Mundial de Sa�de (OMS), que, no entanto, prev� que ensaios cl�nicos s� ocorram dentro de um ano e meio. “Apesar do cen�rio encorajador, as vacinas v�o demorar pelo menos 18 meses para estarem prontas para um ensaio cl�nico em larga escala”, disse Marie-Paule Kieny, vice-diretora da OMS, encarregada do Departamento de Sistemas de Sa�de e Inova��o.

A OMS declarou, no in�cio do m�s, emerg�ncia de sa�de internacional devido � poss�vel rela��o entre os casos de microcefalia em rec�m-nascidos registrados no Brasil com o v�rus Zika, apesar de declarar que esta liga��o ainda n�o foi provada cientificamente. Transmitido pela picada do mosquito Aedes aegypti, o Brasil � o pa�s mais atingido no mundo pela epidemia de zika, com tr�s mortes, em adultos, confirmadas.

Duas destas vacinas parecem promissoras: uma desenvolvida pelo Instituto Nacional de Sa�de (INH) dos Estados Unidos e outra pelo laborat�rio indiano Bharat Biotech, explicou Marie-Paule Kieny. “Apesar deste cen�rio encorajador, n�o ocorreram testes em grande escala de vacinas antes deste per�odo”, advertiu.

A OMS anunciou tamb�m que saber�  tamb�m, em algumas semanas, se o zika v�rus provoca microcefalia e a s�ndrome de Guillain-Barr�. A doutora Kieny tamb�m disse que os especialistas ainda precisar�o de quatro a oito semanas para estabelecer o papel que o zika v�rus desempenha no surgimento destas doen�as. Transmitido por um mosquito e causador de uma grande epidemia na Am�rica Latina, o zika v�rus provoca na maioria dos casos sintomas gripais benignos, como febre, dores de cabe�a e manchas na pele.

Com alto índice de infestação, militares já estão reforçando o combate ao vetor do zika vírus, em Raposos, na Região Metropolitana de BH(foto: Paulo Filgueiras / EM / D.A Press)
Com alto �ndice de infesta��o, militares j� est�o refor�ando o combate ao vetor do zika v�rus, em Raposos, na Regi�o Metropolitana de BH (foto: Paulo Filgueiras / EM / D.A Press)
Refor�o permanente

O secret�rio nacional de Prote��o e Defesa Civil, Adriano Pereira J�nior, disse ontem que estados e munic�pios podem pedir o apoio das For�as Armadas para refor�ar o combate ao mosquito Aedes aegypti, independentemente da mobiliza��o nacional, marcada para hoje. Segundo ele, cerca de 300 mil agentes comunit�rios de sa�de e agentes de combate a endemias agem diariamente para eliminar o vetor do zika v�rus, tamb�m transmissor da dengue e da chikungunya. “Temos mais de 3 mil militares das For�as Armadas trabalhando diariamente, eliminando criadouros do mosquito em todos os munic�pios que solicitaram ajuda. Aqueles que verificaram que o n�mero de agentes era insuficiente para cumprir as metas e precisaram de refor�o solicitaram apoio, e o governo federal colocou � disposi��o os militares”, explicou o secret�rio Adriano Pereira.

Neste s�bado, acontece o Dia Nacional de Mobiliza��o para o Combate ao Aedes aegypti. Cerca de 220 mil militares foram deslocados para a a��o promovida pelo governo federal. Eles v�o acompanhar os agentes de sa�de no trabalho de conscientiza��o, de casa em casa, para mobilizar fam�lias no combate ao mosquito. Tr�s milh�es de fam�lias dever�o ser visitadas em casa, em 350 munic�pios. As cidades escolhidas foram aquelas com a presen�a de unidades militares e aquelas com maior incid�ncia do mosquito, de acordo com dados do Minist�rio da Sa�de.

Segundo Pereira, n�o � poss�vel saber o n�vel de infesta��o nacional do Aedes aegypti, mas deve ultrapassar 1%, considerado aceit�vel pela Organiza��o Mundial da Sa�de. “Todos t�m de estar engajados nesta luta, n�o s� conhecendo, mas tamb�m executando as tarefas. Uma vez por semana limpe sua casa, cuide se n�o h� um criadouro. E tem que ser uma rotina semanal, porque o ciclo do mosquito � de sete dias. N�o adianta fazer na primeira semana e passar tr�s semanas sem fazer nada, pois poder� aparecer um foco e termos tr�s gera��es do mosquito”, destacou.

Combate O refor�o no combate ao Aedes aegypti come�ou no dia 29 de janeiro, com um mutir�o de limpeza em pr�dios e instala��es da administra��o p�blica em todo o pa�s. Ap�s a mobiliza��o de hoje, na pr�xima etapa, entre 15 e 18 de fevereiro, 50 mil militares das For�as Armadas far�o visitas, em a��o coordenada com o Minist�rio da Sa�de e autoridades locais, para inspecionar poss�veis focos de prolifera��o nas casas e, se for o caso, aplicar larvicida. A �ltima etapa ser� em parceria com o Minist�rio da Educa��o, com visitas �s escolas e conscientiza��o das crian�as e adolescentes sobre formas de evitar a multiplica��o do mosquito transmissor.

Esfor�o para as Olimp�adas

O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, afirmou ontem que existe exagero ao dizer que o zika v�rus � espec�fico do Rio e que a gripe faz mais v�timas que a doen�a, durante visita �s obras de adequa��o do Parque Aqu�tico Maria Lenk, na Zona Oeste do Rio. “Temos que tratar o problema, mas n�o podemos transformar em um tema ol�mpico. N�o � um tema ol�mpico. Isso � um tema nosso, de n�s, brasileiros e da cidade do Rio de Janeiro”, disse o prefeito. Paes reiterou ainda que o per�odo dos Jogos – julho e agosto – n�o � favor�vel � procria��o do mosquito transmissor de zika, dengue e chikungunya.

“O per�odo das Olimp�adas � o per�odo que o mosquito transmissor n�o est� procriando, n�o est� no ambiente. O m�s de agosto e o m�s de julho s�o meses mais secos. S�o meses menos quentes, ent�o voc� tem menos incid�ncia do mosquito transmissor. Cabe a gente tomar as precau��es devidas, mostrar que a gente est� fazendo de tudo para evitar o perigo de qualquer atleta ou visitante que venha ao Rio tenha esse problema com o v�rus da zika. Eu acho um certo exagero. Morre muito mais gente de gripe todo ano do que por dengue, que dir� o v�rus da zika. Eu n�o estou querendo minimizar, eu acho que a gente tem que lidar com o problema, mas acho que h� um certo exagero no momento”, disse Paes.

Ex�rcito Setenta e um mil militares participar�o de uma for�a-tarefa para o combate ao mosquito Aedes aegypti em todo o estado do Rio a partir de hoje. A determina��o � do Minist�rio da Defesa diante da prolifera��o do mosquito. A for�a-tarefa ter� a participa��o de agentes das secretarias municipais e estadual de Sa�de, e visa a conscientizar a popula��o de 26 munic�pios, al�m de 49 bairros da Regi�o Metropolitana do Rio.

De acordo com o subsecret�rio de Vigil�ncia em Sa�de estadual, Alexandre Chieppe, a Leopoldina e a Zona Oeste s�o as regi�es priorit�rias do munic�pio, de acordo com a incid�ncia de doen�as provocadas pelo mosquito. As cidades de Araruama, Rio das Ostras, Duque de Caxias e Belford Roxo tamb�m s�o consideradas prioridades.

A partir da semana que vem, os militares v�o visitar escolas da rede p�blica para refor�ar o trabalho de conscientiza��o de crian�as e adolescentes. Ao todo, 646 unidades da rede p�blica de ensino ser�o visitadas, al�m de col�gios particulares. De acordo com o coordenador da opera��o, almirante de esquadra S�rgio Roberto Fernandes dos Santos, lojas e shopping centers tamb�m est�o na lista de visita. As For�as Armadas n�o atuar�o em �reas conflagradas pelo tr�fico de drogas. Nestas regi�es, devem atuar agentes de endemias municipais. A expectativa � que os militares cheguem a 100% dos im�veis indicados em 30 dias.

 

 

 


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