
A noite foi aberta pela sexta colocada no Grupo Especial do Rio de Janeiro, a Imperatriz Leopoldinense, que levantou as arquibancadas com o enredo � o Amor, contando a vida dos irm�os Zez� di Camargo e Luciano, desde a inf�ncia da dupla, no interior de Goi�s, na concep��o do carnavalesco Cah� Rodrigues.
Desfilando em cima de um dos carros, o craque Zico foi um dos mais festejados na avenida.
Quinta colocada no Grupo Especial, a segunda escola a desfilar foi a Beija-Flor, que este ano buscou inspira��o no Marqu�s de Sapuca� na tentativa de um bicampeonato, com a voz de Neguinho da Beija-Flor agitando as arquibancadas.
A den�ncia feita pelo diretor de carnaval da azul e branco, La�la, de que a aus�ncia de um dos jurados no desfile seria tentativa de prejudicar algumas escolas, foi comentada pelo presidente da Beija-Flor, Farid Abrah�o David. Ele pediu uma investiga��o do caso pela Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa). “Eu acho que � um assunto grave, que tem de ser apurado. Mas n�o estamos questionando a vit�ria da Mangueira. Questionamos � a nossa coloca��o”, disse Farid.
Em seguida, pisou na avenida o Salgueiro, que ficou em quarto lugar. A escola trouxe um carnaval baseado na �pera do Malandro, na concep��o dos carnavalescos Renato Lage e M�rcia Lage. Carros aleg�ricos muito bem finalizados passaram o clima dos templos e s�mbolos da malandragem carioca, como o mundo dos cabar�s, dos conquistadores e dos jogos de azar.
O Salgueiro foi sucedido pela Portela, que arrancou gritos de “� campe�” vindos da arquibancada ao longo de todo o desfile. A escola do carnavalesco Paulo Barros apresentou uma viagem a lugares distantes e misteriosos, nas asas da �guia, que � seu s�mbolo. Para o presidente de honra da Portela, mestre Monarco, a escola, terceira colocada no Grupo Especial, foi campe� na escolha popular.
“O povo pediu, [as pessoas] gritaram � campe� durante todo o desfile. Este terceiro lugar tem sabor de vit�ria. A Portela brincou o carnaval. A cada ano que passa. estamos mais fortes. J� faz tr�s carnavais que estamos no Desfiles das Campe�s. Eu aprovo a Mangueira como campe�. Mas acho que dava Mangueira e Portela na frente”, disse Monarco, que saiu no carro da Velha Guarda, fechando o desfile da azul e branco de Madureira.
A pen�ltima escola a desfilar foi a Unidos da Tijuca, que no passado consagrou Paulo Barros, e este ano trouxe um enredo feito a oito m�os, com quatro carnavalescos: Mauro Quintaes, Annik Salmon, H�lcio Paim e Marcus Paulo.
A azul e amarelo entrou na avenida com carros cheios de estilo e detalhes, para falar sobre agricultura, o que fez a diferen�a para os jurados, que a colocaram na segunda posi��o do Grupo Especial. O contraste entre carros quase monocrom�ticos, apenas em tons de marrom, simbolizando a terra, e outros muito coloridos, trazendo os alimentos, foi um dos diferenciais da Tijuca na avenida.
Fechando a noite, mostrando sua for�a e simpatia junto ao p�blico, a Mangueira conseguiu algo dif�cil na Sapuca�: que as arquibancadas n�o ficassem vazias, com os tradicionais buracos, comuns quando passa a �ltima escola. A verde e rosa repetiu o sucesso do desfile de ter�a-feira de carnaval, trazendo artistas famosos em seus carros, incluindo Caetano Veloso, Regina Cas� e Beth Carvalho.
Ao contr�rio do primeiro desfile, quando veio em cima de um carro aleg�rico, Beth�nia decidiu vir no ch�o, reverenciando e agradecendo o p�blico, que em retribui��o a aplaudia de p�, cantando junto o samba campe�o, Maria Beth�nia, a Menina dos Olhos de Oy�.