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Estado de Minas

Cresce n�mero de v�timas da s�ndrome de Guillain-Barr� no Rio


postado em 17/02/2016 19:01

Rio, 17 - O n�mero de v�timas da s�ndrome de Guillain-Barr�, doen�a neurol�gica que pode levar � paralisia completa de m�sculos do corpo e � morte, aumentou ao menos cinco vezes este ano em hospitais no Estado do Rio. A constata��o � de m�dicos integrantes de uma rede de troca de informa��es sobre o tema, que atenderam os pacientes em hospitais p�blicos e privados. Todos haviam sido infectados pelo v�rus zika antes de manifestar a Guillain-Barr�, segundo os diagn�sticos.

Membro do grupo m�dico, o neurologista Osvaldo Nascimento, especialista em doen�as do sistema nervoso perif�rico do Hospital Universit�rio Ant�nio Pedro (Huap), da Universidade Federal Fluminense (UFF), disse nessa ter�a, 16, que a taxa de incid�ncia da s�ndrome na popula��o sempre foi de 0,5 a quatro casos para cada 100 mil habitantes. Nos primeiros 45 dias de 2016, foram de 20 a 30 diagn�sticos informou ele. Os n�meros n�o s�o precisos porque a troca de informa��es se d� por meio de uma rede informal, que ainda est� sendo oficializada.

"Continua uma s�ndrome rara, mas esse aumento chama a aten��o. Esses 20 e poucos casos s�o os que conhecemos, h� ainda os que n�o chegaram aos hospitais, uma vez que 80% dos pacientes com Guillain-Barr� t�m evolu��o muito boa. Quando s�o precedidos pelo v�rus zika, no entanto, a tend�ncia que observamos � que haja um comprometimento mais s�rio do sistema nervoso", disse Nascimento, professor titular e coordenador de pesquisa e p�s-gradua��o em neurologia da UFF. Ele disse ter atendido pessoalmente seis pacientes com quadros precedidos pela zika.

"N�o sabemos como vai ser nos pr�ximos meses. Pode ser que se torne algo sazonal; pode ser que se comporte como foi com o ebola na �frica: todo mundo ficou com medo, mas n�o aconteceu o pior. Com o zika � diferente, porque o vetor � mais f�cil", disse.

Dois dos casos do Huap, em Niter�i (cidade na regi�o metropolitana) s�o muito graves. Um � o do professor universit�rio Jonas Ant�nio �vila Fran�a Junior, de 33 anos, que teve zika e est� paralisado no Centro de Tratamento Intensivo (CTI). Ele n�o consegue andar, falar e comer - s� movimenta os olhos. O outro paciente est� na emerg�ncia, por falta de espa�o no CTI. Tr�s casos que estavam sendo tratados como suspeitos resultaram em alta com diagn�stico definitivo de polineuropatia radicular, doen�a degenerativa tamb�m rara, sem liga��o com a zika.

O n�cleo de Nascimento no Huap � refer�ncia no estudo e tratamento de doen�as do sistema nervoso perif�rico, como lepra e neuropatia diab�ticas. Desde que o n�mero de casos cresceu, passou a ser intenso o fluxo de m�dicos, alunos e pacientes em busca de informa��es. Levando em conta o temor da zika e de suas consequ�ncias, as condi��es de trabalho deveriam ser melhoradas, disse o neurologista.

"Precisamos de vagas no CTI e de pessoal para dar suporte", afirmou ele.

O Minist�rio da Sa�de confirmou a associa��o entre a Guillain-Barr� e o v�rus zika em dezembro. Estudos ainda est�o sendo realizados no Brasil e no exterior para entender que outros fatores podem estar envolvidos. Nessa ter�a, 16, o Huap e a Fiocruz firmaram acordo para a realiza��o de pesquisas conjuntas sobre a rela��o n�o s� com a Guillain-Barr�, mas tamb�m com encefalites (inflama��es no c�rebro, geralmente causada por v�rus) e encefalomielites, que comprometem tamb�m a medula e s�o virais.

Os pesquisadores buscam entender melhor a estrutura do v�rus e como ele age no organismo, al�m de descobrir como se comporta o sistema imunol�gico dos pacientes. Os m�dicos ainda n�o sabem por que determinados pacientes t�m manifesta��es leves da Guillain-Barr� e outros ficam imobilizados.


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