(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

OMS diz n�o temer zika na Olimp�ada

Entidade diz estar tranquila e que o v�rus estar� sob controle at� in�cio da Olimp�ada, em agosto. Presidente tamb�m garante que temperatura ajuda na redu��o dos casos da doen�a


postado em 20/02/2016 06:00 / atualizado em 20/02/2016 08:00

Crianças de Heliópólis, em São Paulo, incorporaram o espírito da iniciativa e participaram com a distribuição de panfletos a moradores da região. Algumas delas usaram fantasia do mosquito(foto: Rovena Rosa/Agência Brasi)
Crian�as de Heli�p�lis, em S�o Paulo, incorporaram o esp�rito da iniciativa e participaram com a distribui��o de panfletos a moradores da regi�o. Algumas delas usaram fantasia do mosquito (foto: Rovena Rosa/Ag�ncia Brasi)
A Organiza��o Mundial da Sa�de (OMS) est� tranquila com os registros do zika v�rus no Brasil a poucos meses dos Jogos Ol�mpicos de 2016, no Rio de Janeiro. Segundo a entidade, os cariocas organizar�o uma competi��o “fant�stica” na quest�o sanit�ria. A avalia��o � de Bruce Aylward, diretor executivo para epidemias e emerg�ncias da OMS. Segundo a ag�ncia de not�cias Associated Press, o v�rus estar� sob controle at� o in�cio dos Jogos Ol�mpicos, em 5 de agosto. De acordo com Aylward, a popula��o do mosquito Aedes aegypti dever� diminuir consideravelmente, uma vez que ser� inverno na cidade.

Outro ponto levantado para afastar o risco de contamina��o, segundo o diretor, � o fato de as sedes ol�mpicas ficarem em um per�metro restrito, tornando mais f�cil o controle dos mosquitos”. O Brasil ter� uma Olimp�ada fant�stica e de muito sucesso. O mundo todo estar� l�. Gostaria muito de estar, mas haver� outros tipos de problemas e ser�o muitos. Estarei em outra parte do planeta”, afirmou Aylward.

Tamb�m ontem, a OMS afirmou que as evid�ncias que apontam para a associa��o entre o zika v�rus e a microcefalia s�o cada vez mais fortes, mas ainda pode levar de 4 a 6 meses para provar definitivamente que a rela��o existe. Apesar de a OMS reiterar que ainda faltam evid�ncias mais conclusivas sobre a rela��o entre zika e microcefalia.

A organiza��o informou tamb�m, segundo a Reuters, que convocar� um grupo de discuss�o sobre o controle do mosquito Aedes aegypti para daqui a tr�s ou quatro semanas. O grupo deve avaliar estrat�gias novas, incluindo o mosquito geneticamente modificado. O Aedes � respons�vel pela transmiss�o dos v�rus do zika, dengue, chikungunya e febre amarela. Tamb�m foi anunciada uma reuni�o em mar�o que deve discutir os rumos das pesquisas para diagn�stico e desenvolvimento de vacina contra o zika v�rus.

Na pr�xima semana, a diretora-geral da OMS, Margaret Chan, de 68 anos – sanitarista natural de Hong Kong que dirige a organiza��o desde 2007 –, vai discutir com a presidente Dilma Rousseff como coordenar os esfor�os brasileiros para combate � doen�a com o plano global contra o v�rus, lan�ado na �ltima segunda-feira. Em 1º de fevereiro, a OMS declarou emerg�ncia de sa�de p�blica internacional devido ao aumento de casos de microcefalia no Brasil, possivelmente relacionado ao zika v�rus.

Zika Zero Na mesma linha da OMS, a presidente Dilma Rousseff reafirmou que os casos de zika n�o prejudicar�o as Olimp�adas 2016, que ser�o realizadas no Rio de Janeiro. A presidente disse que o per�odo de maior incid�ncia de prolifera��o do mosquito Aedes aegypti � de janeiro a junho, “no m�ximo julho”, e os jogos ocorrem de 5 a 21 de agosto. A afirma��o foi feita durante aula para alunos do Col�gio da Pol�cia Militar Alfredo Vianna, em Juazeiro (BA), como parte da Campanha Zika Zero nas Escolas.

“A Olimp�ada � em agosto, e nesse momento haver� uma queda vertiginosa (dos casos de contamina��o) por conta da temperatura no pa�s”, afirmou. A presidente disse que o governo tomar� com os visitantes estrangeiros as mesmas precau��es dadas aos brasileiros, mas que a cidade do Rio de Janeiro e outros locais de competi��o est�o recebendo uma aten��o especial.

Ela lembrou que, no �ltimo dia 13, dos 220 mil homens das For�as Armadas que participaram da campanha contra o mosquito, 70 mil estavam no Rio. “Vamos ter no Rio todo o cuidado para que nossos visitantes, principalmente se houver mulheres gr�vidas, tenham consci�ncia de que � fundamental usar repelente e mangas compridas”, acrescentou.

Origem
Durante a aula, que durou quase uma hora, Dilma falou sobre a origem do zika v�rus, sua chegada ao Brasil em 2015 e o aviso do governo de Pernambuco, em outubro do ano passado, sobre a poss�vel rela��o com o aumento nos casos de microcefalia. “Come�ou na regi�o costeira do Nordeste, mas est� descendo rapidamente para o restante do pa�s. Tinha poucos casos no Rio Grande do Sul, mas agora j� s�o 30”, contou.

Ela lembrou que pesquisas mostram que dois ter�os dos criadouros do mosquito est�o dentro das casas, e pediu para que todos gastem 15 minutos, uma vez na semana, para verificar suas resid�ncias e eliminar esses poss�veis focos de prolifera��o. “O mosquito n�o pode ser mais forte que um pa�s inteiro”, afirmou. Mais cedo, ela visitou a f�brica Moscamed Brasil, que trabalha com o desenvolvimento de mosquitos transg�nicos e esterilizados, usados para reduzir a reprodu��o do Aedes aegypti.

Dilma Rousseff deu aula sobre combate ao Aedes aegypti para alunos do Colégio da Polícia Militar Alfredo Vianna, em Juazeiro(foto: (Roberto Stuckert Filho/PR)
Dilma Rousseff deu aula sobre combate ao Aedes aegypti para alunos do Col�gio da Pol�cia Militar Alfredo Vianna, em Juazeiro (foto: (Roberto Stuckert Filho/PR)
Ministro defende uni�o de esfor�os

O ministro da Sa�de, Marcelo Castro, pediu ontem a uni�o de esfor�os entre governo e sociedade para eliminar o mosquito Aedes aegypti. A a��o faz parte da chamada Mobiliza��o Nacional da Educa��o Zika Zero, que ocorre com a��es em 27 capitais e outros 115 munic�pios considerados priorit�rios no combate ao mosquito. Castro chegou a acompanhar os alunos em vistoria procurando eventuais focos do mosquito. Mais cedo, antes da chegada dele, soldados encontraram uma larva, mas n�o foi poss�vel identificar se era do Aedes aegypti. Exames feitos por laborat�rios ligados ao Minist�rio da Sa�de apontam a rela��o entre o zika v�rus e a epidemia de microcefalia, que atinge principalmente o Nordeste. A microcefalia � uma malforma��o em que os beb�s nascem com a cabe�a menor do que o normal e, no geral, leva ao retardo mental. O Ciman, escola visitada pelo ministro, � particular.

As aulas na rede p�blica do Distrito Federal ainda n�o come�aram, devido a uma greve ocorrida no ano passado, que atrapalhou o calend�rio letivo. Enquanto a recep��o a Marcelo Castro foi protocolar, o governador do DF, Rodrigo Rollemberg, gozou de maior simpatia, sendo tietado por alguns alunos. “E esse mosquito? Vamos para cima dele ou n�o vamos?”,  questionou o ministro aos alunos ao chegar � escola. O governador Rodrigo Rollemberg destacou que os casos de dengue no DF no come�o deste ano subiram 210% em rela��o ao mesmo per�odo de 2015. Ele tamb�m defendeu a mobiliza��o da sociedade e pediu que os alunos sensibilizem os pais para combater o mosquito. “Boto a maior f� em voc�s”,  disse o governador.

Durante a campanha ontem, v�rios ministros e secret�rios visitaram escolas espalhadas pelo pa�s como parte da mobiliza��o contra o Aedes aegypti. � uma continuidade das a��es do �ltimo s�bado, quando todos os ministros e v�rios secret�rios participaram de a��es de cidades de todo o Brasil. No geral, o ministro foi bem did�tico ao explicar as doen�as transmitidas pelo mosquito. “Se fosse f�cil, j� ter�amos feito (a elimina��o do mosquito). Ele vive em 113 pa�ses, que n�o conseguiram elimina-lo. A luta est� perdida? Vamos baixar a guarda, jogar a toalha? De maneira nenhuma”, discursou o ministro para cerca de 200 alunos. Ap�s a visita � escola, ele seguiu para a Universidade de Bras�lia, ainda como parte da mobiliza��o nacional.

 


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)