Bras�lia, 25 - O diretor do Departamento de Vigil�ncia de Doen�as Transmiss�veis do Minist�rio da Sa�de, Cl�udio Maierovitch, afirmou haver risco de o n�mero de casos de zika e de microcefalia aumentar no Pa�s, sobretudo nas cidades do Sudeste.
Ele observou que a regi�o n�o apresentou at� o momento circula��o importante do v�rus. Por essa raz�o, a maior parte da popula��o ainda � suscet�vel. "N�o � imposs�vel que a regi�o tenha apresentado a circula��o. Mas ,mesmo que tenha ocorrido, provavelmente ela foi muito pequena, algo que deixa a popula��o vulner�vel", completou.
Maierovitch afirmou haver entre autoridades sanit�rias brasileiras uma percep��o semelhante �quela apresentada nesta quarta-feira, 24, pela diretora-geral da Organiza��o Mundial da Sa�de, Margareth Chan. Em entrevista, ela apontou o risco de a epidemia piorar antes de que melhoras nos indicadores comecem a ser observadas.
A maior preocupa��o, de acordo com Maierovitch, � o Rio, em raz�o da Olimp�ada. O diretor observou haver uma tend�ncia hist�rica de redu��o de casos de dengue a partir de julho, quando as condi��es clim�ticas passam a ser desfavor�veis para a reprodu��o do mosquito vetor, o Aedes aegypti. A previs�o � que a tend�ncia se repita com rela��o ao zika. H� tamb�m uma expectativa de que, com as a��es de combate aos criadouros, esse risco se reduza ainda mais a partir de julho. "� essa a expectativa. Como se trata de um v�rus novo, n�o podemos ter plena convic��o." Da� a necessidade de refor�ar as medidas de preven��o.
Maierovitch avalia que os indicadores de dengue - um term�metro para se avaliar a quantidade de criadouros de mosquito do Pa�s - devem come�ar a cair a partir de mar�o. � esse o tempo necess�rio, calcula, para que a��es de combate ao vetor passem a refletir tamb�m nas estat�sticas sobre as doen�as relacionadas, como dengue, zika e chikungunya.
O diretor informou que, durante a visita de dois dias de Margareth Chan ao Brasil, n�o foi discutida a possibilidade do envio de recursos para o governo brasileiro. "Esse n�o era o momento", disse. De acordo com Maierovitch, o mais prov�vel � que parcerias possam ser realizadas, numa etapa posterior, para desenvolvimento de testes ou vacinas para combater o v�rus.