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Estado de Minas

Acusados de racismo contra Ta�s Ara�jo s�o soltos


postado em 20/03/2016 14:38 / atualizado em 20/03/2016 15:01

Há indícios de que a quadrilha também tenha participado dos ataques raciais nos perfis do Facebook das atrizes da TV Globo Sheron Menezzes e Cris Vianna e da jornalista do Jornal Nacional, Maria Júlia Coutinho.(foto: Reprodução/Instagram)
H� ind�cios de que a quadrilha tamb�m tenha participado dos ataques raciais nos perfis do Facebook das atrizes da TV Globo Sheron Menezzes e Cris Vianna e da jornalista do Jornal Nacional, Maria J�lia Coutinho. (foto: Reprodu��o/Instagram)

Os tr�s homens apontados pela pol�cia civil do Rio de terem promovido os ataques raciais contra a atriz da TV Globo Ta�s Ara�jo, em sua rede social, foram soltos neste s�bado, 19, pela Justi�a. Francisco Pereira da Silva Junior, Pedro Vitor Siqueira da Silva e Thiago Zanfolin Santos Silva estavam presos desde a �ltima quarta-feira, 16.

Na decis�o, a 23ª Vara Criminal do Rio converteu a pris�o tempor�ria dos acusados em medidas cautelares para os r�us. De acordo com o alvar� de soltura, obtido pelo Estado, os acusados dever�o comparecer em ju�zo todas as vezes em que forem intimados, fornecerem informa��es sobre os seus endere�os e n�o se ausentarem da comarca de suas resid�ncias sem expressa e pr�via autoriza��o judicial.

A medida foi tomada em reposta a um pedido do delegado da Delegacia de Repress�o aos Crimes de Inform�tica (DRCI), Alessandro Thiers, para converter a pris�o tempor�ria dos r�us para pris�o preventiva. Pela legisla��o, a pris�o tempor�ria � cab�vel quando for imprescind�vel para as investiga��es do inqu�rito policial ou quando o indiciado n�o tiver resid�ncia fixa. J� a pris�o tempor�ria tem um prazo de dura��o de cinco dias, prorrog�veis por mais cinco.

Os tr�s homens foram detidos em Sert�ozinho (S�o Paulo), Brumado (Bahia), e Navegantes (Santa Catarina). Um quarto homem, Gabriel Sanpietri, tamb�m teve mandado de pris�o cumprido em Curitiba (Paran�) pelo crime, mas ele j� estava preso por cometer crimes de pedofilia na internet.

Tiago foi preso na Bahia pela prática de crimes de racismo contra a jornalista Maria Julia Coutinho e a atriz Tais Araújo no ano passado (foto: LAY AMORIM/BRUMADO )
Tiago foi preso na Bahia pela pr�tica de crimes de racismo contra a jornalista Maria Julia Coutinho e a atriz Tais Ara�jo no ano passado (foto: LAY AMORIM/BRUMADO )

Os r�us agora responder�o em liberdade pelos crimes de forma��o de quadrilha, pedofilia e racismo. De acordo com o delegado, foram constatados ind�cios fortes de que o ataque contra a atriz foi premeditado e articulado entre um grupo criado com a exclusiva inten��o de disseminar o racismo e o �dio, em perfis, p�ginas e contatos de Whatsapp.

Nas convoca��es para os ataques, os acusados criam grupos secretos e tempor�rios para potencializ�-los e chegam a informar maneiras de mascarar a conex�o para tentar dificultar o rastreamento. Al�m disso, as investiga��es conclu�ram que a quadrilha tem estrutura organizacional definida, onde os administradores definem as a��es, com planejamento e execu��o dos ataques, selecionando premeditadamente as v�timas.

Quem desrespeitasse essas ordens, era expulso da "sociedade". Segundo o delegado, h� ind�cios de que a quadrilha tamb�m tenha participado dos ataques raciais nos perfis do Facebook das atrizes da TV Globo Sheron Menezzes e Cris Vianna e da jornalista do Jornal Nacional, Maria J�lia Coutinho.

"Eles demonstravam uma afinidade de pensamento, para disseminar o �dio. Geralmente, escolhiam como alvo pessoas que estavam na moda, como protagonista de novelas, para as ofensas terem mais repercuss�o. Mas tudo na internet deixa rastro. � importante deixar claro que racismo � claro e a pol�cia n�o vai tolerar essas a��es", declarou, no dia da pris�o.

Na quinta-feira, 18, um dos acusados, Pedro Vitor Siqueira da Silva, divulgou um pedido de desculpas pela a��o, na p�gina do grupo que teria promovido os ataques. Na postagem, ele segura um cartaz com os dizeres: "Pe�o perd�o pelo vacilo, Tha�s. QLC (nome do grupo) n�o tolera racismo".

Durante a pris�o de Silva, a pol�cia achou montagens com a foto da atriz acompanhadas de frases racistas, salvas em seu computador. O advogado de Silva, Luiz Gustavo Vicente Penna, afirmou ao Estado que seu cliente n�o foi o respons�vel pelas postagens racistas contra a atriz.

Em nota enviada pela sua assessoria de imprensa na quarta-feira, Ta�s Ara�jo comemorou as pris�es. "Fico feliz que a justi�a tenha sido feita. Espero que crimes deste tipo contra qualquer mulher negra n�o fiquem impunes", afirmou. Ta�s teve o seu perfil no Facebook atacado na noite de s�bado, 31 de outubro de 2015.

Ela reagiu e anunciou que levaria o caso � pol�cia. Na rede social, escreveu: "� muito chato, em 2015, ainda ter que falar sobre isso, mas n�o podemos nos calar. Na �ltima noite, recebi uma s�rie de ataques racistas na minha p�gina. Absolutamente tudo est� registrado e ser� enviado � Pol�cia Federal. Eu n�o vou apagar nenhum desses coment�rios. Fa�o quest�o que todos sintam o mesmo que eu senti: a vergonha de ainda ter gente covarde e pequena neste pa�s, al�m do sentimento de pena dessa gente t�o pobre de esp�rito. N�o vou me intimidar, tampouco abaixar a cabe�a".

 


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