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Estado de Minas

Curva indica desequil�brio de avi�o de Agnelli; monomotor era experimental


postado em 21/03/2016 07:37

S�o Paulo, 21 - A curva para a direita feita pelo avi�o de Roger Agnelli, ex-presidente da Vale, indica que o monomotor dele se desestabilizou pouco antes da queda, que terminou com a morte do empres�rio, do piloto e de cinco familiares de Agnelli, no s�bado, 19, na Casa Verde, na zona norte de S�o Paulo. A mudan�a no rumo da aeronave - que devia ir reto - antes de atingir o solo, foi vista por pilotos do Campo de Marte, de onde ele decolou.

Uma das hip�teses prov�veis para o desequil�brio do avi�o � a distribui��o irregular do combust�vel nas asas do monomotor. Segundo Roberto Peterka, especialista em seguran�a de voo, os relatos de testemunhas indicam que essa � uma das possibilidades da queda da aeronave, �s 15h23, minutos ap�s a decolagem. "Aparentemente, pela trajet�ria que ele (o avi�o) fez, pode se tratar de um desbalanceamento de combust�vel, ou seja, uma asa teria mais combust�vel do que a outra", disse.

O desbalanceamento do combust�vel foi a causa apontada pelo Instituto de Criminal�stica (IC) para a queda do Learjet 35 sobre uma casa no mesmo bairro, em 4 de novembro de 2007, deixando oito mortos. Segundo o laudo, o problema foi provocado por erro do piloto e do copiloto. Foi o maior acidente da hist�ria do Campo de Marte.

Outras hip�teses podem ter levado � curva na trajet�ria do avi�o, segundo especialistas, como a assimetria de comandos de voo. "Isto (a queda em curva) pode representar 'n' possibilidades. Travamento do comando ou tentativa de fazer alguma manobra", avalia o secret�rio-geral do Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA), Rodrigo Spader.

O avi�o, modelo CA-9, fabricado pela Comp Air Aviation e registrado por Agnelli em 2012, era experimental, ou seja, n�o possu�a certifica��o ou testes de equipamento e ensaios em condi��es extremas de opera��o por autoridade aerovi�ria. Embora o uso de aeronaves experimentais seja permitido pela Ag�ncia Nacional de Avia��o Civil (Anac), a regulamenta��o diz que elas n�o podem voar em �reas populosas, como a do Campo de Marte, exceto se autorizadas pelo Centro Tecnol�gico da Aeron�utica (CTA).

"Existem algumas restri��es para o voo de aeronaves experimentais", disse Peterka. Raul Marinho, representante da avia��o geral e de instru��o do SNA, afirma, contudo, que a legisla��o sobre o tema � "confusa". "Segundo o C�digo Brasileiro de Aeron�utica, os avi�es experimentais deveriam ser de constru��o amadora. Mas este avi�o que se acidentou ontem n�o � de constru��o amadora." A Anac e representantes da fam�lia Agnelli n�o foram localizados ontem.

Caixa

Investigadores do Servi�o Regional de Investiga��o e Preven��o de Acidentes Aeron�uticos (Seripa) da Aeron�utica estiveram no local da queda e recolheram parte da fuselagem, de fibra de carbono. O avi�o n�o possu�a caixa-preta, o que dificulta a apura��o do acidente. A presen�a do equipamento que registra dados do voo e a conversa na cabine do piloto neste tipo de avi�o n�o � obrigat�ria.

O Instituto M�dico-Legal (IML) terminou ontem a identifica��o dos corpos de Agnelli, da mulher dele, Andrea de Azevedo Marques Trech Agnelli, do casal de filhos Anna Carolina e Jo�o, de Parris Bittencourt, genro do executivo, Carolina Marques, namorada de Jo�o e do piloto Roberto Ba�.

As informa��es s�o do jornal

O Estado de S. Paulo.


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