Os dados do governo do Estado e da Prefeitura mostram ainda que j� s�o 534 casos de S�ndrome Respirat�ria Aguda Grave (SRAG) causados pelo H1N1, 201 deles na cidade de S�o Paulo. Em 2015, foram 33 registros no Estado e 12 na capital.
O surto antecipado da doen�a levou o governo do Estado a antecipar a campanha de vacina��o contra a gripe. A previs�o original era de que fosse iniciada no dia 30 deste m�s, mas foi adiantada na capital e na Grande S�o Paulo para a segunda-feira passada para profissionais de sa�de e ser� expandida para idosos gestantes e crian�as de 6 meses a 5 anos a partir da pr�xima segunda.
Hospitais
A circula��o precoce do v�rus no Estado provocou surto interno em pelo menos mais dois hospitais p�blicos: o Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia e o Instituto da Crian�a do Hospital das Cl�nicas. Conforme revelado pelo Estado na quarta-feira, o Instituto do C�ncer do Estado de S�o Paulo tamb�m relatou surto interno, com 171 casos suspeitos.
A ocorr�ncia de dois casos da doen�a por transmiss�o interna em um per�odo de sete dias j� configura um surto, segundo a vigil�ncia municipal. De acordo com a Prefeitura, nos dois casos o problema j� foi controlado. A Secretaria Estadual da Sa�de, respons�vel pelo Dante Pazzanese, negou a ocorr�ncia. J� o Hospital das Cl�nicas admitiu que houve casos da gripe H1N1 no Instituto da Crian�a, mas informou que a situa��o est� controlada.
Apesar do crescimento de casos na cidade, o secret�rio municipal da Sa�de, Alexandre Padilha, disse ontem que n�o h� raz�o para que a popula��o tema nova pandemia da doen�a, como a de 2009. "N�o h� 'reemerg�ncia' do v�rus nem muta��o. Estamos tendo uma antecipa��o da circula��o dos v�rus gripais, mas n�o h� ind�cios de que repetiremos o cen�rio de 2009. Naquela ocasi�o, n�o t�nhamos a vacina adequada nem t�nhamos clara a fun��o do oseltamivir (Tamiflu) na redu��o das complica��es", disse.
Perfil. Segundo o secret�rio, do total de mortos na capital, 14 eram idosos ou tinham alguma doen�a cr�nica, ambos grupos de risco para desenvolver quadros mais graves da doen�a. Os outros tr�s �bitos ainda est�o em investiga��o.
Com o surto na cidade, a quantidade de c�psulas de oseltamivir distribu�das na rede municipal triplicou na �ltima semana, segundo a secretaria, passando de 30 mil na �ltima semana de mar�o para 109 mil na primeira semana de abril.
Padilha afirmou que, para refor�ar a estrutura das unidades de sa�de durante o per�odo de surto, as Organiza��es Sociais da Sa�de (OSSs), unidades conveniadas � Prefeitura que administram servi�os municipais, foram autorizadas a contratar m�dicos de forma emergencial na modalidade de pessoa jur�dica. A secretaria municipal disse ainda que montar� bancos de reservas de m�dicos que possam ser deslocados para unidades com maior demanda.
Segundo o secret�rio, a estrutura das Unidades B�sicas de Sa�de (UBSs) tamb�m ser� refor�ada na pr�xima segunda-feira, por causa do in�cio da campanha de imuniza��o. "Poderemos usar mais de uma sala s� para isso e desmarcar vacina��es agendadas contra outras doen�as", disse Padilha.