Rio, 23, 23 - As fam�lias das duas v�timas do desabamento de parte da Ciclovia Tim Maia ser�o indenizadas pela Prefeitura do Rio de Janeiro. Pelo menos duas pessoas morreram no incidente: o engenheiro Eduardo Marinho Albuquerque, de 54 anos, e o gari comunit�rio Ronaldo Severino da Silva, de 60 anos.
Segundo o prefeito Eduardo Paes, a Procuradoria Geral do Munic�pio j� foi acionada para chegar a um acordo com os parentes, mas a negocia��o ocorrer� "de maneira sigilosa". "A Prefeitura entende a sua responsabilidade nesse epis�dio", afirmou Paes a jornalistas.
O prefeito disse ter procurado as duas fam�lias, mas conseguiu conversar ao telefone apenas com o cunhado do engenheiro Eduardo Albuquerque. "Tive a oportunidade de me solidarizar, lamentar o ocorrido", contou.
Questionado sobre a revolta de parentes de Ronaldo Silva durante o enterro do gari, Paes disse entender o momento de emo��o das fam�lias envolvidas. "Recebo com tristeza, mas compreendo a indigna��o da fam�lia", respondeu o prefeito.
Paes evitou apontar os erros que levaram ao colapso de parte da ciclovia, na �ltima quinta-feira, dia 21. Segundo ele, � preciso esperar o laudo das duas institui��es contratadas para inspecionar a obra. No entanto, ele voltou a descartar que a culpa da trag�dia tenha sido do mar em ressaca e refor�ou que buscar� os profissionais envolvidos nas falhas.
De acordo com Paes, a Prefeitura n�o trabalha atualmente com a possibilidade de demolir a ciclovia. "N�o � esse o nosso desejo, n�o � esse o nosso trabalho. Estamos trabalhando para mant�-la", declarou.
Parte da ciclovia permanece interditada indefinidamente. O trecho que liga o Leblon � comunidade do Vidigal foi liberado para o uso da popula��o. Segundo o prefeito, esse percurso j� era utilizado pelos moradores e funcionava como uma esp�cie de passeio p�blico, tendo recebido apenas refor�o de pavimenta��o e conten��o. A decis�o sobre a interdi��o do restante da ciclovia partiu da pr�pria Defesa Civil, alegou Paes.