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Estado de Minas

Vacina contra zika deve ser testada em animais a partir de novembro


postado em 20/05/2016 14:31

Bras�lia, 20 - Testes da vacina contra zika em desenvolvimento pelo Instituto Evandro Chagas e a Universidade Medical Branch, dos Estados Unidos, devem come�ar a ser feitos em animais a partir de novembro. "Conseguimos acelerar o cronograma em alguns meses, em parte por causa dos ganhos na tecnologia, em parte por sorte", afirma o diretor do instituto, Pedro Vasconcelos.

A previs�o inicial era de que essa etapa seria conclu�da somente em fevereiro de 2017. Se n�o houver problemas ao longo do caminho, avalia Vasconcelos, em fevereiro j� ser� poss�vel iniciar os testes da vacina em volunt�rios humanos. Os estudos em pessoas seriam feitos no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Amap�, Estados que n�o registram at� o momento a circula��o do zika.

A vacina em desenvolvimento em parceria com a Universidade Medical Branch � feita a partir de part�culas do v�rus atenuado. A meta � fazer muta��es no genoma do v�rus para que ele perca sua capacidade de produzir a doen�a mas, ao mesmo tempo, seja reconhecido pelo organismo para que anticorpos sejam produzidos.

Vasconcelos integra o Comit� de Emerg�ncia para Zika e Microcefalia da Organiza��o Mundial da Sa�de. Na pr�xima reuni�o do grupo, programada para os dias 6 e 7, o diretor do Instituto Evandro Chagas vai apresentar uma proposta para que prazos de realiza��o de testes das vacinas de zika, sejam encurtados. "Vivemos numa situa��o especial. J� houve o precedente do Ebola. Podemos ser mais r�pidos sem abrir m�o da seguran�a", disse o diretor.

Depois de testes em animais (primatas e camundongos), s�o feitas an�lises sobre efeitos da vacina em humanos. Na primeira fase � avaliada a seguran�a do produto. Geralmente � feita em cerca de 300 volunt�rios, todos saud�veis, que residam em regi�es sem a circula��o do v�rus. Essa etapa geralmente leva cerca de um ano. Vasconcelos vai sugerir que o prazo seja reduzido para um per�odo que varie entre 3 a 6 meses.

Na fase dois, o objetivo � avaliar a capacidade da vacina de produzir a imunidade no organismo. Nesta etapa, o teste � feito geralmente em cerca de 2 mil pessoas. Os efeitos s�o avaliados por um per�odo de at� dois anos. Vasconcelos vai sugerir que a an�lise seja feita num prazo que varie entre 6 meses a um ano. "Se o imunizante mostrar-se capaz de neutralizar a a��o do v�rus selvagem por esse per�odo, h� grandes chances de que isso valha para um prazo mais longo", completou.

Na terceira fase, em que se analisa a efic�cia da vacina, s�o testadas cerca de 30 mil pessoas. O tempo desta etapa, afirma, tamb�m pode ser reduzido de forma significativa. "Se conseguirmos sensibilizar a OMS, acredito que a vacina poder� estar dispon�vel num prazo de cinco anos", disse. "Se h� alguns anos fiz�ssemos uma proposta como essa, ser�amos criticados. Mas, com tecnologia atual, � poss�vel cumprir esse prazo com seguran�a".

A vacina desenvolvida pelo Instituto Evandro Chagas do Par� e Universidade Medical Branch tem como p�blico alvo mulheres em idade f�rtil que n�o estejam gr�vidas. O projeto prev� a aplica��o de uma dose. Um outro imunizante que est� sendo desenvolvido poderia ser usado por gestantes. Este, no entanto, n�o � feito com v�rus atenuado, mas com DNA recombinante.


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