Rio de Janeiro, 30 - O programa Bom Dia Rio, da TV Globo, informou na manh� desta segunda-feira, 30, que o laudo da per�cia sobre o caso do estupro coletivo a uma menina de 16 anos, ocorrido na zona oeste do Rio de Janeiro, n�o apontou ind�cios de viol�ncia. Segundo o notici�rio, o resultado ocorreu por causa da demora da v�tima em fazer o registro na pol�cia e o exame de corpo de delito. O laudo ser� divulgado na tarde desta segunda-feira pela Pol�cia Civil.
Desde a madrugada desta segunda-feira, a Pol�cia Civil realiza buscas para cumprir mandados de pris�o e de busca e apreens�o contra seis acusados de participar do estupro coletivo de uma adolescente de 16 anos, no Morro do Bar�o, na Pra�a Seca, zona oeste do Rio de Janeiro. A a��o � coordenada pela delegada Cristiana Onorato, da Delegacia da Crian�a e do Adolescente V�tima (DCAV), pelo diretor do Departamento Geral de Pol�cia Especializada, Ronaldo de Oliveira.
Neste domingo, 29, houve troca de delegados que cuidavam do caso. Cristiana Onorato, da DCAV, substituiu o delegado Alessandro Thiers, titular da Delega��o de Repress�o aos Crimes de Informa��o (DRCI). Segundo a assessoria de imprensa da Pol�cia Civil, "a medida visa evidenciar o car�ter protetivo � menor v�tima na condu��o da investiga��o, bem como afastar futuros questionamentos de parcialidade no trabalho".
A mudan�a atende ao pedido da advogada da v�tima, Elo�sa Samy Santiago, que recorreu � Justi�a do Rio e ao Minist�rio P�blico, com o argumento de que a adolescente foi intimidada pelo delegado durante os depoimentos prestados na �ltima sexta-feira, 27.
Em entrevista neste domingo ao Fant�stico, da TV Globo, a adolescente declarou que est� recebendo amea�as pela internet e que se sentiu desrespeitada na delegacia onde prestou dois depoimentos.
"Quando vim � delegacia, n�o me senti � vontade em nenhum momento. Acho que � por isso que as mulheres n�o fazem den�ncias", disse a adolescente. Ao explicar o que aconteceu na delegacia, a jovem afirmou: "Tentaram me incriminar, como se eu tivesse culpa por ser estuprada".
No mesmo dia, a fam�lia decidiu dispensar a advogada Elo�sa, que defendia a adolescente no caso. Ela ser� protegida pelo Programa de Prote��o a Crian�as e Adolescentes Amea�ados de Morte, da Secretaria de Estado de Direitos Humanos, em parceria com o governo federal.