Sa�da de v�tima de estupro do Rio prejudica a apura��o, diz pol�cia

Rio de Janeiro, 02 - A sa�da do Rio da adolescente de 16 anos, v�tima de um estupro coletivo h� 12 dias, est� prejudicando a apura��o do caso. A delegada Cristiana Bento, que investiga o crime ocorrido em uma favela carioca, lamentou a decis�o dos governos federal e estadual de retir�-la do Estado. Por identificar contradi��es nos dois depoimentos prestados pela jovem, a delegada pretendia reinterrog�-la e acare�-la com os tr�s suspeitos presos. Sem ela, ao menos um dos acusados pode ser solto.

"As vers�es (da v�tima e dos acusados) s�o muito desencontradas. N�o posso mais ouvir a jovem. Isso dificulta as coisas. Novas informa��es chegaram e eu n�o tenho como esclarec�-las com ela", afirmou. Segundo a delegada, nos depoimentos, a v�tima n�o se refere a alguns suspeitos como estupradores. Entre eles, Lucas Perdomo Duarte dos Santos, o Luquinhas, de 20 anos, e Ra� de Souza, de 22, presos desde segunda-feira.

Luquinhas, jogador de futebol, foi preso porque estaria perto do local do crime, no Morro da Bar�o, e acompanhou a v�tima em um baile funk antes da agress�o sexual. Sem a acarea��o, ele pode ser solto hoje. Ra� est� preso porque as imagens divulgadas nas redes sociais foram filmadas por seu celular.

As diferentes vers�es apresentadas por Luquinhas, Ra� e Raphael Duarte Belo, de 41 anos, suspeito que se apresentou ontem � pol�cia, levaram a delegada a decidir acare�-los. "Quero esclarecer isso. Vou botar um de frente para o outro. As vers�es est�o desencontradas. Mas ningu�m admite o estupro", afirmou Cristiana.

O secret�rio estadual de Assist�ncia Social e Direitos Humanos, Paulo Melo, afirmou que a jovem estava amea�ada de morte e correria risco se ficasse no Rio. "N�o h� garantia de que conseguir�amos dar a prote��o adequada se ficasse no Rio. A menina estava amea�ada, com medo. A ida (para fora do Estado) n�o quer dizer que ela n�o possa colaborar com as investiga��es", afirmou Melo, para quem a Defensoria P�blica, que atende a v�tima, tem como fazer o contato entre ela e os investigadores. A jovem foi inclu�da no Programa de Prote��o a Crian�as e Adolescentes Amea�ados de Morte.

Antes de se entregar � pol�cia, Belo publicou no Facebook texto em que nega o estupro, mas admite ter feito uma foto ao lado da jovem nua. Ele diz que foi ao morro com Ra� de Souza. Segundo ele, havia um rapaz no local, conhecido como Jefinho, que disse: "Tem uma mulher a� que n�o quer ir embora, est� desde o dia do baile (funk)". "Entramos os tr�s. Ela estava deitada, nua, dormindo. O Ra� puxou o celular e come�ou a gravar. Foi mais uma zoa��o, brincadeira, n�o machucamos ela."

As informa��es s�o do jornal

O Estado de S. Paulo.