Os casos de viol�ncia contra a mulher cresceram 44,74%, em 2015, se comparado ao ano anterior. Dados da Central de Atendimento � Mulher - Ligue 180 indicam que ano passado foram registradas 76.651 den�ncias, ante 52.957, em 2014. Isso representa um caso de viol�ncia a cada sete minutos no Brasil, em 2015. As ocorr�ncias espec�ficas de viol�ncia sexual - estupro, ass�dio e explora��o - saltaram 129%, de 1.517 para 3.478 relatos. No pa�s foram 9,5 estupros por dia.
A maior parte de todos os casos registrados, em 2015, � relativa a viol�ncia f�sica,38.451 ocorr�ncias, ou seja 50,15% to total. Outros casos mais recorrentes foram de viol�ncia psicol�gica 23.247 (30,33%) e 5.556 de viol�ncia moral (7,25%). Esses s�o os dados nacionais mais recentes, divulgados em mar�o.
Michelle Dias, que integra a Comiss�o de Instru��o do Conselho Regional de Servi�o Social de S�o Paulo (CRESS-SP), considera que o aumento nos n�meros � reflexo da for�a que as mulheres ganham na sociedade. "Com v�rios mecanismos governamentais e a��o feminista nas ruas e em redes sociais, n�s nos sentimos mais seguras e fortalecidas para registrar as ocorr�ncias. Por�m ainda h� culpabiliza��o da v�tima e minimiza��o da agress�o durante o relato nas delegacias", afirmou.
Michelle critica o funcionamento das Delegacias da Mulher, em S�o Paulo, as quais operam em hor�rio comercial durante a semana. "Grande parte das agress�es f�sicas est� ligada ao alcoolismo e uso de drogas, e a maior incid�ncia � nos finais de semana", declarou.
Sobre o an�ncio do presidente interino Michel Temer (PMDB) de criar uma �rea especializada em atendimento �s mulheres na Pol�cia Federal, a assistente social ponderou. "Claro que � importante. Mas � um mecanismo que talvez n�o seja efetivo. Para se combater a viol�ncia contra a mulher a aten��o afetiva � fundamental e n�o um mecanismo emergencial, lan�ado durante um caso de abrang�ncia nacional (a suspeita de estupro coletivo a uma adolescente de 16 anos, no Rio de Janeiro, na �ltima semana)."
"O papel da mulher na sociedade, hoje, � de luta pelos seus direitos e para desconstruir o machismo. Falta um caminho tenso e extenso, mas � a �nica sa�da para mudar realidade do Brasil", disse.
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Viol�ncia contra mulher salta 44% no Pa�s
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