S�o Paulo, 09 - A Uni�o do Litoral, propriet�ria do �nibus que tombou nesta quarta-feira, 8, na Rodovia Mogi-Bertioga, litoral de S�o Paulo, informou que o tac�grafo do ve�culo registrou 41 Km/h no momento do acidente e que a m�xima permitida na Rodovia � de 60 Km/h.
A empresa informou ainda, por meio da assessoria de imprensa, que o coletivo havia passado por manuten��o preventiva h� 15 dias e por todas as vistorias de �rg�os fiscalizadores, como a Ag�ncia de Transportes do Estado de S�o Paulo (Artesp) e a Ag�ncia Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).
A companhia negou que o ve�culo de prefixo 4.900 trafegasse em alta velocidade. "Isso seria dif�cil, j� que o trecho era de serra e trafegar em alta velocidade traria riscos", destacou por meio da assessoria de imprensa.
De acordo com a companhia, a velocidade m�xima permitida na Rodovia � de 60 Km/h e o tac�grafo do coletivo teria registrado 41km/h no momento da trag�dia. "Mas temos que aguardar a per�cia para saber as reais causas do acidente".
A Uni�o do Litoral n�o soube precisar quantos alunos havia no coletivo. "At� o momento, chegamos a 32 pessoas. Quarenta e seis � a capacidade do �nibus", informou.
'Motorista exemplar'
A transportadora tamb�m negou que teria ocorrido uma discuss�o entre o motorista e os estudantes, situa��o que chegou a ser cogitada por alguns dos sobreviventes.
Ademir Pedralli, pai de um estudante que teve ferimentos graves e permanecia internado no Hospital Santo Amaro no Guaruj�, disse ter ficado sabendo que uma estudante discutiu com o motorista do �nibus minutos antes do acidente. Ela teria reclamado que o condutor estava em alta velocidade.
"Na hora do acidente n�o tinha neblina nenhuma (na rodovia). Segundo os alunos dos outros �nibus, esse �nibus estava em uma velocidade tremenda, tinha at� uma mo�a que reclamava muito com o motorista e (dizia) que ele corria muito. Eles entraram at� em discuss�o", disse o pai, em entrevista a R�dio Estad�o.
Segundo parentes de estudantes, o condutor Antonio Carlos da Silva, que morreu no acidente, costumava "correr muito" e fazer ultrapassagens perigosas. "A pasta profissional do motorista � exemplar e n�o h� nenhuma reclama��o de alunos. Inclusive, alguns alunos de outras linhas ir�o prestar uma homenagem a ele com um minuto de sil�ncio", comentou a empresa.
A Uni�o do Litoral informou que acionou a seguradora, que est� providenciando o sepultamento das v�timas, al�m de apoio m�dico para o caso de tratamentos especializados e transfer�ncias hospitalares.
Per�cia
Em Bertioga, o delegado F�bio Pierre, que iniciou as investiga��es sobre as causas do acidente, afirmou que ser� "dif�cil" realizar a per�cia no �nibus por causa do estado de destrui��o do ve�culo.
"Mesmo assim, vamos tentar periciar a barra de dire��o e o sistema de freios. N�o descartamos tamb�m a possibilidade de o motorista ter dormido ao volante. Nenhuma hip�tese ser� descartada e vamos montar este quebra-cabe�as", destacou Pierre.