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Estado de Minas

Pol�cia Civil do Rio indicia 14 pessoas por queda de ciclovia que deixou dois mortos

Inqu�rito constatou falta de um plano para interdi��o da ciclovia em caso de ressaca mar�tima


postado em 24/06/2016 22:07 / atualizado em 24/06/2016 22:28

(foto: Fernando Frazao/Agencia Brasil )
(foto: Fernando Frazao/Agencia Brasil )

A Pol�cia Civil do Rio indiciou 14 pessoas pelas duas mortes decorrentes do desabamento de um trecho da ciclovia Tim Maia, na avenida Niemeyer, em S�o Conrado (zona sul do Rio), em 21 de abril. Todas s�o acusadas de homic�dios culposos (n�o intencionais).

A conclus�o do inqu�rito, instaurado em 24 de abril pelo delegado Jos� Alberto Lage, titular da 15ª DP (G�vea), foi anunciada nesta sexta-feira (24). A investiga��o responsabiliza sete funcion�rios da Funda��o Instituto de Geot�cnica (Geo Rio), �rg�o da Secretaria Municipal de Obras respons�vel pela fiscaliza��o da obra; quatro funcion�rios do cons�rcio Contemat/Concrejato, que realizou a obra; dois funcion�rios da Engemolde, empresa contratada pelo cons�rcio para fornecer pe�as pr�-fabricadas para a obra; e um t�cnico da Subsecretaria Municipal de Defesa Civil, indiciado devido � falta de um plano para interdi��o da ciclovia em caso de ressaca mar�tima. Morreram no acidente Eduardo Marinho Albuquerque, de 54 anos, e Ronaldo Severino da Silva, de 60 anos, ambos v�timas de traumatismo do t�rax e asfixia por afogamento.

Durante o inqu�rito, a Pol�cia Civil ouviu 27 pessoas, entre testemunhas, usu�rios da ciclovia e respons�veis pela obra. Engenheiros envolvidos na constru��o reconheceram que o projeto da ciclovia deveria conter um estudo pr�vio do regime das mar�s e que havia necessidade de um plano de conting�ncia que previsse a instabilidade das mar�s. Constatou-se que n�o foi prevista a incid�ncia de ondas nos tabuleiros da ciclovia nem houve qualquer estudo sobre os efeitos da ressaca mar�tima. Sem cogitar esse problema, os tabuleiros foram fixados de forma inadequada. A pol�cia colheu relatos de moradores da regi�o que narraram a ocorr�ncia de ondas gigantescas e ressacas mar�timas t�o violentas que fazem tremer casas.

As provas analisadas indicam problemas nos projetos b�sico, executor e fiscalizador. A neglig�ncia dos indiciados, segundo a Pol�cia Civil, caracterizou-se porque eles n�o previram algo que deveriam ter previsto: que ondas pudessem produzir jatos e atingir o tabuleiro da ciclovia. "Se o projeto fosse executado levando em considera��o a previsibilidade de ondas dessa magnitude, a morte de duas pessoas n�o teria ocorrido", afirma a pol�cia.

Os sete indiciados que trabalham na Geo Rio s�o F�bio Lessa Ribeiro, Juliano de Lima, Geraldo Batista Filho, Marcus Bergman, todos membros da Diretoria de Estudos e Projetos, da Comiss�o de Fiscaliza��o; o ge�logo �lcio Rom�o Ribeiro, Ernesto Ribeiro Mejido e Fabio Soares Lima. Os quatro indiciados do cons�rcio Contemat/Concrejato s�o Ioannis Saniveros Neto, Marcelo Jos� Ferreira de Carvalho, Jorge Alberto Schnneider e Fabr�cio Rocha Souza. Os dois funcion�rios da Engemolde indiciados s�o Nei Ara�jo Lima (projetista) e Claudio Gomes Castilho Ribeiro (respons�vel t�cnico). O �ltimo indiciado � Lu�s Andr� Moreira Alves, coordenador t�cnico da Subsecretaria Municipal de Defesa Civil.

Resposta

Em nota, o cons�rcio Contemat/Concrejato afirmou que n�o tem conhecimento do teor do inqu�rito e por isso n�o vai se manifestar.


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