
Diego, que estudava Letras na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e morava no alojamento da institui��o, tinha marcas de espancamento. O corpo do estudante foi encontrado no fim da tarde de s�bado, dia 2. Como o corpo estava nu da cintura para baixo, a pol�cia investiga tamb�m se ele foi alvo de viol�ncia sexual.
A fam�lia do jovem � do Par� e foi avisada pela reitoria da UFRJ, que lamentou a morte do jovem em nota oficial. "A reitoria se junta aos amigos e familiares do estudante neste momento de dor e informa que acompanhar� de perto as investiga��es sobre o caso junto �s autoridades policiais", diz o texto.
Para os amigos, Diego Vieira Machado tamb�m foi v�tima de um crime de motiva��o homof�bica.
"Ele era teimoso, muito briguento. Mas s� reagia aos ataques raciais e homof�bicos que sofria. Eu testemunhei algumas brigas. Ele era uma pessoa boa", contou a estudante de Comunica��o P�rola Gon�alves, de 22 anos, amiga de Machado.
A professora de Letras Georgina Martins tamb�m criticou, por meio das m�dias sociais, a falta de seguran�a no campus. "Acordei hoje com meu filho chorando por conta dessa not�cia horr�vel: um aluno da UFRJ, morador do alojamento, foi brutalmente assassinado dentro do campus por causa da sua orienta��o sexual. Ele foi morto � pauladas, ontem, dentro da Cidade Universit�ria, onde trabalhamos, estudamos e v�rias pessoas moram. Estou triste e com muito medo. Meu filho � gay, seus amigos s�o gays e circulam como deve ser, pelo campus do Fund�o, todos os dias", escreveu.
"Dou aulas � noite, e assim como meus alunos e colegas de profiss�o, estamos � deriva pois n�o h� transporte suficiente, n�o h� ilumina��o, n�o h� seguran�as circulando pelo campus, n�o h� ningu�m que tome alguma provid�ncia. Desde sempre � assim, j� denunciamos, j� chamamos a imprensa e nada foi feito. Continuamos, � noite, abandonados no Fund�o, torcendo para que o nosso �nibus chegue logo e nos tire daquele lugar escuro e deserto, como � o Fund�o todas as noites e todos os fins de semana. Temos de liberar nossos alunos �s 21h30, alguns muito antes disso, �s 20h50, porque seus �nibus s� circulam de hora em hora e eles moram longe, n�o moram na Zona Sul e n�o t�m carro".
