Governo federal quer criar plano de seguran�a emergencial para o Rio de Janeiro

Rio, 14 - O governo federal est� desenvolvendo um plano de seguran�a p�blica emergencial para o Estado do Rio de Janeiro, informou nesta sexta-feira, 14, o ministro da Defesa, Raul Jungmann. O setor, que j� estava prejudicado em fun��o da grave crise financeira do Estado do Rio, sofreu mais um impacto com a sa�da do secret�rio estadual de Seguran�a, Jos� Mariano Beltrame, que pediu demiss�o nesta semana. Na pr�xima segunda-feira, 17, o posto ser� assumido por Roberto S�, que era o principal auxiliar de Beltrame na secretaria.

Tropas federais est�o atuando no Rio desde 24 de julho - primeiro por conta da Olimp�ada e da Paralimp�ada e depois por conta da elei��o municipal. Segundo Jungmann, o governador interino do Rio, Francisco Dornelles (PP), pediu ao presidente Michel Temer (PMDB) que as For�as Armadas continuem no Rio mesmo ap�s a elei��o.

"H� uma preocupa��o pontual, mas de emerg�ncia e import�ncia, com o Rio de Janeiro pela import�ncia do Estado e pelo pedido do governo do Estado", afirmou Jungmann.

Segundo o ministro, a presen�a das for�as de seguran�a federais deve ser mantida, embora n�o com o mesmo contingente da Rio-2016, quando 22.015 agentes foram mobilizados. "Qualquer tipo de resposta deve ser feita de forma articulada, em conjunto com as for�as de seguran�a do Rio, da pol�cia, da nossa intelig�ncia e da For�a Nacional. A tend�ncia � que seja dada uma resposta positiva. De uma forma integrada que teve sucesso na Olimp�ada, n�o com a mesma escala", disse o ministro. "Vamos procurar apoiar de alguma forma, mas n�o significa dizer que tenhamos a presen�a das For�as Armadas em definitivo", concluiu.

Plano nacional

O ministro da Defesa tamb�m contou que a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra C�rmen Lucia, est� organizando um grupo para discutir um plano de seguran�a p�blica nacional. Al�m do STF e do Minist�rio da Defesa, participam as For�as Armadas, o Minist�rio P�blico, o Minist�rio da Justi�a, o Gabinete de Seguran�a Institucional (GSI), a Ag�ncia Brasileira de Intelig�ncia (Abin) e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

A ideia foi lan�ada durante reuni�o realizada nesta quinta, 13, na presid�ncia do STF, e outra reuni�o - agora para iniciar efetivamente o debate - vai ocorrer em 28 de outubro.

Segundo Jungmann, Temer indicou o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, para tratar dessa quest�o no �mbito do governo federal, inclusive organizando iniciativas dentro do Poder Executivo. "O Brasil atravessa uma crise na seguran�a. Na quinta, a convite da ministra C�rmen L�cia, participamos de uma reuni�o para tratar deste assunto", contou o ministro.

Elei��es

Jungmann informou tamb�m que o Minist�rio da Defesa est� se programando para atuar no segundo turno das elei��es municipais, garantindo a vota��o e a apura��o nos munic�pios que solicitarem aux�lio ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Por enquanto, segundo o ministro, dos 55 munic�pios onde haver� segundo turno, o TSE s� aprovou o uso das For�as Armadas em S�o Lu�s, capital do Maranh�o.