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Estado de Minas

Infec��o por zika traz problemas a 1/3 dos beb�s


postado em 22/11/2016 08:01

S�o Paulo, 22 - Um estudo que acompanhou 57 gestantes paulistas infectadas pelo zika refor�a a hip�tese de que o v�rus pode causar diversos danos aos beb�s al�m da microcefalia. E as anomalias podem acontecer independentemente do trimestre de gravidez em que a m�e foi infectada.

Coordenada por Mauricio Lacerda Nogueira, professor da Faculdade de Medicina de S�o Jos� do Rio Preto e integrante da Rede Zika (for�a-tarefa formada por pesquisadores de S�o Paulo apoiados pela Funda��o de Amparo � Pesquisa do Estado de S�o Paulo, a Fapesp), a pesquisa monitorou 1.200 gr�vidas do interior, das quais 57 tiveram a confirma��o de contamina��o pelo v�rus zika, com casos de infec��o em todos os trimestres da gesta��o.

Ap�s todos os partos, os pesquisadores verificaram que nenhum dos beb�s nasceu com microcefalia, mas, ao realizarem exames mais aprofundados, descobriram que 35% das crian�as desenvolveram alguma anomalia. "Vinte dos 57 beb�s nasceram com algum tipo de m�-forma��o discreta, como surdez unilateral, danos na retina, cistos cerebrais ou inflama��o em art�rias cerebrais. O pr�ximo passo � investigar a import�ncia desses achados no desenvolvimento da crian�a", explica o cientista.

Nogueira diz que h� situa��es que comprovam que o beb� pode ser prejudicado, mesmo se a contamina��o pelo v�rus ocorrer no fim da gravidez. Em um dos casos, a mulher contraiu a doen�a com 36 semanas de gesta��o e, mesmo assim, o beb� nasceu com sinais de infec��o cerebral. "Os resultados indicam que a microcefalia deve ser mesmo s� a ponta do iceberg, ela n�o deve ser o fen�meno mais prov�vel entre os que o zika pode causar. Muitas crian�as devem ter desenvolvido alguma anomalia mais leve que n�o foi notada. Se esses 20 beb�s, por exemplo, n�o estivessem participando da pesquisa, sairiam da maternidade como crian�as normais, porque tinham peso e per�metro cef�lico dentro do esperado", afirma.

Pesquisa realizada por cientistas da Fiocruz e publicada em mar�o no peri�dico

The New England Journal of Medicine

j� mostrava que 29% dos beb�s de m�es que tiveram zika apresentaram alguma anomalia, mesmo quando a infec��o era tardia, ou seja, nos �ltimos meses da gravidez.

Outros estudos.

O grupo de pesquisa de S�o Jos� do Rio Preto conduz ainda outros dois estudos sobre a a��o do v�rus zika. Em um deles, os cientistas est�o monitorando h� um ano um grupo de 1.500 pessoas para verificar, por exames de sangue, quais foram infectados mesmo sem sintomas. Isso porque, no caso da dengue, a estimativa � de que apenas 20% das pessoas infectadas sejam sintom�ticas, o que aponta que os n�meros das epidemias sejam muito maiores do que os registrados pelo Minist�rio da Sa�de.

A outra pesquisa busca saber se os diagn�sticos de zika e dengue est�o sendo dados corretamente, uma vez que, em per�odos epid�micos, eles costumam ser feitos apenas por crit�rios cl�nicos e epidemiol�gicos, sem a realiza��o de exames. "Colhemos cerca de 1.500 amostras de pessoas que passaram por servi�os de sa�de e receberam diagn�sticos por crit�rios cl�nico-epidemiol�gicos. Verificamos que cerca de 15% das pessoas que sa�ram do servi�o com diagn�stico de dengue tinham, na verdade, zika; enquanto 20% a 30% dos que sa�ram achando que tinham zika estavam com dengue", conta.

Nogueira explica que o diagn�stico correto � importante tanto para definir as provid�ncias a tomar em cada caso, de acordo com as poss�veis complica��es de cada doen�a, quanto para que os dados de sa�de p�blica n�o tenham distor��es. "Se o governo for avaliar se oferece uma vacina contra a dengue na rede p�blica, por exemplo, ele precisa saber o real alcance da epidemia." As informa��es s�o do jornal

O Estado de S. Paulo.


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