Doria j� pediu placas para mudar limites na Marginal e far� campanha

S�o Paulo, 26 - A pedido da equipe do prefeito eleito, Jo�o Doria (PSDB), a gest�o Fernando Haddad (PT) encomendou placas de sinaliza��o que indicar�o o retorno dos limites de velocidade nas Marginais do Pinheiros e do Tiet�. Ao mesmo tempo, o tucano tamb�m negocia com a C�mara um incremento na verba de publicidade prevista no or�amento para lan�ar no in�cio de 2017 uma campanha publicit�ria, com o objetivo de informar a popula��o sobre os novos �ndices. A verba de publicidade da Prefeitura pode chegar a R$ 300 milh�es.

Segundo promessa assumida na campanha, os limites seriam alterados j� na segunda semana de governo, ou seja, a partir de 9 de janeiro de 2017 - por isso, a pressa em providenciar a sinaliza��o necess�ria. Entretanto, a equipe de Doria j� avalia lan�ar primeiro a campanha educativa sobre as mudan�as para, a� sim, retornar os limites aos valores antigos das pistas.

As faixas expressas voltar�o a ter o limite de 90 km/h para carros; as centrais de 70 km/h e as locais de 60 km/h - com exce��o da faixa da direita das �ltimas, que devem ser mantidas a 50 km/h. A encomenda das placas foi acertada pela equipe de transi��o do prefeito eleito.

Na faixa que permanecer� a 50 km/h, a instala��o das novas placas ser� complementada com sinaliza��o horizontal, por meio de pinturas no ch�o, e alertas enviados aos pain�is eletr�nicos espalhados pela cidade. A equipe do tucano tamb�m estuda criar barreiras f�sicas nos acessos �s Marginais, para tentar impedir que o n�mero de acidentes com pedestres aumente na cidade, medida j� criticada por cicloativistas por for�ar pedestres a andar mais para atravessar a rua.

Segundo dados do Sistema de Informa��es Gerenciais de Acidentes de Tr�nsito do Estado de S�o Paulo (Infosiga), o n�mero de mortes no tr�nsito na cidade caiu de 934 casos entre janeiro e outubro do ano passado para 798 casos no mesmo per�odo de 2016. A queda, de 14,5%, � atribu�da pela gest�o Haddad � pol�tica de redu��o dos limites de velocidade.

Press�es

. No dia em que foi anunciado o secret�rio de Transportes e Mobilidade, S�rgio Avelleda, ex-presidente do Metr� e da CPTM, afirmou que h� estudos que comprovariam n�o haver rela��o entre seguran�a vi�ria e redu��o de velocidade. A declara��o provocou uma rea��o entre defensores da chamada mobilidade ativa (n�o motorizada). Ontem, a Associa��o de Ciclistas Urbanos de S�o Paulo (Ciclocidade) publicou uma carta aberta na qual critica a postura de Avelleda. "O futuro secret�rio coloca em xeque a redu��o de velocidades nas Marginais, a��o fundamental de preserva��o e valoriza��o da vida, que vem sendo adotada em S�o Paulo desde 2011, sem levar em considera��o uma lista infind�vel de estudos que comprovam sua efic�cia. � necess�rio que fique claro � futura gest�o que retroceder nessas pol�ticas vai na contram�o do que preconiza a Organiza��o das Na��es Unidas (ONU)", afirma a entidade, que tenta uma reuni�o com Avelleda.

Publicidade

. Doria articula com vereadores aliados uma esp�cie de remanejamento de verba do Fundo Municipal de Desenvolvimento do Tr�nsito para a �rea de Comunica��o, para bancar a realiza��o de uma "campanha ousada" de m�dia. A equipe quer passar a mensagem de que vai investir em educa��o e n�o na "ind�stria da multa".

A campanha de m�dia ainda tem outro foco: mostrar que a pr�xima gest�o vai cumprir a legisla��o no que diz respeito ao uso da verba das multas. Em agosto, Haddad foi proibido pela Justi�a de usar esse recurso para pagar custos operacionais da Companhia de Engenharia de Tr�fego (CET). A decis�o seguiu parecer do Minist�rio P�blico Estadual e teve como base o C�digo de Tr�nsito Brasileiro (CTB), que define que a verba s� pode ser usada em educa��o e engenharia de tr�nsito.

Com essa estrat�gia, Doria busca manter o discurso de que n�o vai tirar recursos de �reas priorit�rias para pagar publicidade. Segundo o vereador Milton Leite (DEM), apoiado pela bancada do PSDB na C�mara para ser o presidente da Casa, a mudan�a no or�amento n�o prev� o uso de recursos do Tesouro. "O prefeito quer dar uso certo ao dinheiro do fundo." As informa��es s�o do jornal

O Estado de S. Paulo.