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Estado de Minas

J�ri de Elize Matsunaga come�a nesta segunda-feira

Elize � acusada de matar o marido, o empres�rio Marcos Kitano Matsunaga, herdeiro do grupo Yoki. R� confessa, ela tenta provar que trata-se de um crime passional, cometido ap�s briga dom�stica


postado em 28/11/2016 07:49 / atualizado em 28/11/2016 08:56

Elize Matsunaga responderá por homicídio qualificado, além de destruição e ocultação de cadáver(foto: NILTON FUKUDA/AE. SP - 6/6/2012 )
Elize Matsunaga responder� por homic�dio qualificado, al�m de destrui��o e oculta��o de cad�ver (foto: NILTON FUKUDA/AE. SP - 6/6/2012 )
S�o Paulo, 28 - Come�a nesta segunda-feira, 28, o j�ri de Elize Matsunaga, de 34 anos, presa desde 2012 por matar e esquartejar o marido, o empres�rio Marcos Kitano Matsunaga, herdeiro do grupo Yoki. O crime aconteceu no triplex onde o casal morava com a filha, na Vila Leopoldina, zona oeste de S�o Paulo.

R� confessa, ela tenta provar que trata-se de um crime passional, cometido ap�s briga dom�stica. A acusa��o, por sua vez, sustenta a tese de que ela agiu de forma premeditada, por interesse financeiro e contou com a ajuda de um c�mplice para se livrar do corpo. A pena pode chegar a 33 anos.

O julgamento vai ocorrer no mesmo plen�rio do F�rum Criminal da Barra Funda, onde Suzane von Richthofen e Gil Rugai foram condenados. Nas palavras da promotoria, ser� um "duelo de criar fatos". Elize vai responder por homic�dio qualificado, al�m de destrui��o e oculta��o de cad�ver.

Marcos, que tinha 42 anos, foi morto no dia 19 de maio de 2012, ap�s levar um tiro do lado esquerdo do cr�nio. Ele teve o corpo esquartejado em sete partes, que foram armazenadas por Elize em malas e jogadas numa estrada de Cotia, na Grande S�o Paulo. Segundo a acusa��o, o seguro de vida de R$ 600 mil da v�tima motivou o crime.

Com um processo de 26 volumes, o julgamento promete ser longo - o plen�rio foi reservado por cinco dias. Na condu��o estar� o juiz Adilson Paukoski Simoni, da 5.ª Vara do J�ri, o mesmo que atuou no julgamento do seminarista Gil Rugai, condenado a 33 anos e 9 meses de pris�o por matar o pai e a madrasta em 2004, em S�o Paulo.

Testemunhas.

Os depoimentos come�am ap�s a leitura das pe�as do processo. S�o nove testemunhas de acusa��o, tr�s em comum e nove de defesa. Entre elas, h� familiares, policiais e pessoas que conheciam o casal. Apontada como amante de Marcos e piv� da suposta briga entre os dois no dia do crime, a modelo Nathalia Vila Real Lima n�o foi convocada.

O promotor Jos� Carlos Cosenzo quer provar que o assassinato do herdeiro da Yoki teve tr�s qualificadoras: o motivo torpe, a impossibilidade de defesa e o meio cruel. Entre suas testemunhas, est�o o irm�o da v�tima Mauro Kitano Matsunaga e o detetive Willian Coelho de Oliveira, contratado por Elize para descobrir e filmar a trai��o do empres�rio.

Para a acusa��o, Elize, que praticava tiro, surpreendeu a v�tima desarmada. O disparo, dado de cima para baixo, a cerca de 20 cent�metros de dist�ncia, � um ind�cio de que Marcos n�o teve chance de se defender. "Ele era bem mais alto do que ela", diz Cosenzo.

A promotoria defende que o crime foi premeditado e que Marcos come�ou a ser degolado ainda com vida. Segundo o promotor, a bala ficou instalada em um local que n�o provocou morte instant�nea e a v�tima engoliu sangue, ap�s o corte no pesco�o. Ele tamb�m afirma que Elize n�o agiu sozinha. "Tudo ser� provado tecnicamente"”, afirma.

J� a defesa deve apostar na tese de que se tratou de um crime passional. A hip�tese foi admitida pelo delegado Jorge Carrasco, ent�o diretor do Departamento de Homic�dios e de Prote��o � Pessoa na �poca, chamado pelos advogados de Elize como testemunha. Tamb�m foi intimada Roseli de Ara�jo, tia da r�. Com parentes e pessoas pr�ximas do casal, a defesa deve tentar mostrar que Elize era v�tima de viol�ncia do marido. "Vamos contar o todo: a personalidade de um e de outro, at� o dia dos fatos", diz a advogada da r�, Roselle Soglio.

Segundo a defesa, o disparo foi efetuado a mais de 1,90 metro de dist�ncia. Os advogados afirmam, ainda, que Elize n�o recebeu ajuda de outra pessoa e que o esquartejamento s� ocorreu ap�s a morte de Marcos. "Elize merece ser julgada pelo ato que ela praticou, e n�o por aquilo que a acusa��o imputa a ela", diz.

Tranquila.

Presa em Trememb�, Elize est� ansiosa, segundo a defesa. "Ela quer muito esse julgamento. Como qualquer outro detento, quer ter sua situa��o resolvida", afirma Roselle. "Ela est� tranquila em rela��o � verdade que j� foi apresentada. Fez um confiss�o ampla e bastante completa." A advogada tamb�m diz esperar pela absolvi��o. "Tudo pode acontecer."

Ja o promotor do caso afirma que receberia com "indigna��o" a senten�a com pena inferior a 24 anos. "Nada foi como ela (Elize) falou." 


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