Boa vista, 06 - Em entrevista coletiva nesta sexta-feira, 6, em Roraima, o secret�rio de Justi�a e Cidadania, Uziel Castro, afirmou que os presos mortos durante a chacina promovida pelos integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC) n�o tinham liga��o com o crime organizado. Segundo Castro, as mortes n�o foram decorr�ncia de um confronto entre fac��es, mas "uma a��o isolada de membros do PCC contra pessoas que n�o eram ligadas a nenhuma fac��o".
Ele contou que a chacina foi previamente planejada, mas disse que os �rg�os de intelig�ncia n�o haviam detectado ind�cios que ela ocorreria.
"Foram tr�s frentes de homic�dios contra v�timas sem liga��es com fac��es. Presos do regime fechado mataram presos do mesmo regime, assim como os preventivados e os que estavam na ala de seguran�a se mataram entre eles".
Nenhum �rg�o de intelig�ncia detectou a matan�a, segundo o secret�rio, e o que teria ocorrido foi uma a��o isolada. "Foi uma barbaridade contra presos comuns, e n�o entendemos o motivo. N�o tem justificativa nem fundamentos, e a princ�pio, seriam 33 mortes de pessoas que n�o pertencem a organiza��o criminosa". Ele informou que os presos integrantes de fac��o foram separados no dia 3 de novembro e que os que se declararam do Comando Vermelho est�o na cadeia p�blica, onde n�o houve rebeli�o. "Separamos os presos por fac��es, al�m de estarmos preparados para evitar fugas. Fazemos revistas constantes, foram feitas varreduras onde encontramos armas e at� p�lvora e tudo foi apreendido. As armas usadas na chacina s�o artesanais que eles utilizam feitas l� dentro mesmo com sobra de material de constru��o da reforma do pres�dio".
A secretaria ainda n�o informou quem s�o os mortos e deu o prazo at� este s�bado, 7, para divulgar os nomes dos principais envolvidos.
Reforma
O secret�rio anunciou uma reforma no pres�dio que deve come�ar de forma imediata e disse que as p�ssimas condi��es do sistema carcer�rio n�o s�o segredo para ningu�m. "A governadora determinou a aloca��o de recursos para a reforma que j� foi licitada. Algumas empresas participaram da licita��o e est�o se discutindo valores. Creio que no in�cio de ano come�aremos as reformas", explicou Castro acrescentando que em 70 dias ser� entregue um m�dulo para acomodar 140 detentos perigosos. "A empresa do Rio Grande do Sul que far� a constru��o do novo pres�dio est� deslocando cont�ineres para construir os blocos e em 20 dias chega em Roraima".